DEU EM O GLOBO
Maiá Menezes
Serra diz considerar impossível explicar o caso na televisão
BRASÍLIA. A preocupação em levar o caso até o eleitorado mais popular levou o vice na chapa de Serra, Indio da Costa, a intensificar entrevistas em rádio, no Nordeste. Na semana passada, em Petrolina, Pernambuco, o candidato disse ter tentado explicar o caso de forma mais simples para ouvintes de uma rádio.
Tentei associar com a violação de uma carta ou de uma senha de banco. Ainda que muitos não entendam ou não declarem imposto, essa é uma comparação que aproxima disse Indio.
José Serra diz que a preocupação de explicar e fazer o público entender o escândalo deve ser dos meios de comunicação: É impossível. Não tem como explicar através de uma campanha. Não há tempo para isso no horário eleitoral disse Serra, na última sexta-feira.
Ainda que a repercussão eleitoral seja pequena, alerta o tributarista Antonio Baptista Gonçalves, o crime foi grave: As pessoas podem não estar enxergando, mas o crime ocorreu. Os eleitores podem ter no seu imaginário: chega a época de eleição e acontece de tudo. Mas o crime existe diz, pontuando as violações à lei Existe uma série de crimes cometidos com a violação dos dados.
O mais grave deles foi o de peculato, o crime cometido por funcionário público.
O servidor que vazou também pode responder por corrupção passiva. A questão eleitoral aí é um desdobramento: se for configurado o objetivo de uma vantagem eleitoral indevida, o TRE e o TSE podem ser acionados.
Independente do desfecho, houve crime
O cientista político Paulo Baia reitera que a banalização do crime não o torna menos grave: A venda dos bancos de dados, que deveriam ser reservados, passou a ser prática.
A questão é que é preciso chamar a atenção: isso caracteriza crime grave. A Receita está sendo lenta e cometeu crime. Independente do desfecho eleitoral diz Paulo Baia.
Para o cientista político Eurico Figueiredo, da Universidade Federal Fluminense (UFF) , mesmo que seja uma ofensa à vida privada do cidadão em uma sociedade democrática, o sigilo não deve repercutir eleitoralmente a ponto de virar o jogo em favor do candidato tucano: Não foi possível até agora fazer com que esse fato (a quebra de sigilo) repercuta. A questão não chega ao eleitor médio, que está interessado no aumento da renda, do emprego. A autoridade maior dessa eleição é o senhor PIB (Produto Interno Bruto).
Maiá Menezes
Serra diz considerar impossível explicar o caso na televisão
BRASÍLIA. A preocupação em levar o caso até o eleitorado mais popular levou o vice na chapa de Serra, Indio da Costa, a intensificar entrevistas em rádio, no Nordeste. Na semana passada, em Petrolina, Pernambuco, o candidato disse ter tentado explicar o caso de forma mais simples para ouvintes de uma rádio.
Tentei associar com a violação de uma carta ou de uma senha de banco. Ainda que muitos não entendam ou não declarem imposto, essa é uma comparação que aproxima disse Indio.
José Serra diz que a preocupação de explicar e fazer o público entender o escândalo deve ser dos meios de comunicação: É impossível. Não tem como explicar através de uma campanha. Não há tempo para isso no horário eleitoral disse Serra, na última sexta-feira.
Ainda que a repercussão eleitoral seja pequena, alerta o tributarista Antonio Baptista Gonçalves, o crime foi grave: As pessoas podem não estar enxergando, mas o crime ocorreu. Os eleitores podem ter no seu imaginário: chega a época de eleição e acontece de tudo. Mas o crime existe diz, pontuando as violações à lei Existe uma série de crimes cometidos com a violação dos dados.
O mais grave deles foi o de peculato, o crime cometido por funcionário público.
O servidor que vazou também pode responder por corrupção passiva. A questão eleitoral aí é um desdobramento: se for configurado o objetivo de uma vantagem eleitoral indevida, o TRE e o TSE podem ser acionados.
Independente do desfecho, houve crime
O cientista político Paulo Baia reitera que a banalização do crime não o torna menos grave: A venda dos bancos de dados, que deveriam ser reservados, passou a ser prática.
A questão é que é preciso chamar a atenção: isso caracteriza crime grave. A Receita está sendo lenta e cometeu crime. Independente do desfecho eleitoral diz Paulo Baia.
Para o cientista político Eurico Figueiredo, da Universidade Federal Fluminense (UFF) , mesmo que seja uma ofensa à vida privada do cidadão em uma sociedade democrática, o sigilo não deve repercutir eleitoralmente a ponto de virar o jogo em favor do candidato tucano: Não foi possível até agora fazer com que esse fato (a quebra de sigilo) repercuta. A questão não chega ao eleitor médio, que está interessado no aumento da renda, do emprego. A autoridade maior dessa eleição é o senhor PIB (Produto Interno Bruto).
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