DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Com esse debate é difícil decidir:: Marcus Figueiredo
Foi uma luta jurássica em dois sentidos: ambos são fortíssimos candidatos no duelo, mas centraram o debate no passado. Dilma Rousseff criticou os governos do Fernando Henrique Cardoso e, José Serra, os de Luiz Inácio Lula da Silva. Falaram muito pouco sobre o futuro. Apenas disseram que irão dar continuidade e farão melhorias. Ninguém disse como será o governo pós-Lula nem como será o Brasil depois da brutal mudança social que o presidente atual fez com a expansão da classe média etc. Eles ficaram na comparação entre Lula e FHC. É um comportamento previsível adversários elogiaremos seus próprios passados. Os candidatos pouco discursaram sobre o projeto Brasil para o futuro. Nesse particular, a única coisa relevante foi a questão do pré-sal, que o fundo social dele está direcionado para o desenvolvimento da educação e da ciência e tecnologia. Não falaram nada sobre a inserção do Brasil no mundo desenvolvido. Não disseram nada sobre a posição futura do Brasil no desenvolvimento mundial, ou seja, faltou uma posição política do Brasil no cenário mundial. Com este debate é difícil decidir.
Faltou discutir sustentabilidade:: José Álvaro Moisés
Foi sem dúvida o primeiro debate em que houve confronto em questões importantes e ajudou a esclarecer as posições dos dois lados. O perfil das privatizações no governo FHC e o que Dilma acha do assunto. As posições em relação ao aborto, segurança pública e o papel da Petrobrás. Faltou esclarecer melhor os projetos em que estão situadas muitas das questões técnicas apresentadas. Faltou, por exemplo, debater como as forças políticas eleitas para o Congresso vão traba1har a partir de agora. Faltou, também, discutir um dos temas mais importantes da campanha no primeiro turno: sustentabilidade e meio ambiente, questão que rendeu à candidata Marina Silva, do PV, quase 20% dos votos. Os candidatos ignoraram o tema. Fazendo um balanço geral, acho que o candidato José Serra, do PSDB, se mostrou mais preparado do ponto de vista da experiência administrativa e também no que diz respeito ao tratamento das políticas públicas. A candidata Dilma Rousseff, do PT, ficou excessivan1ente na defensiva, numa estratégia de auto-defesa, decorrente do nervosismo.
Dará resultado? Só urnas dirão :: Carlos Melo
O debate de ontem negou a máxima de que o primeiro debate do 2º turno seja um momento em que ninguém quer se arriscar. Como a mãe que defende a cria, Dilma Rousseff partiu para o ataque a José Serra, colocando-o contra a parede sob o impacto da energia com que se postou diante das câmeras.A questão do aborto ocupou espaço significativo nos primeiros blocos. E à menção de "Erenice Guerra", a petista sacou o caso do assessor tucano que teria sumido com dinheiro de campanha do PSDB. Em inúmeras ocasiões, Serra se viu na defensiva, acusando Dilma de estar se vitimizando, como, aliás, ele próprio fez quando da violação da declaração de renda de sua filha. Não podendo ou não querendo revidar na mesma intensidade - debater com mulher, diz o senso comum eleitoral, é desconfortável-, a certa altura, se confessou surpreso com a "agressividade" da adversária. A escolha de Dilma, com efeito, surpreende e de algum modo faz recordar os embates entre Mário Covas e Paulo Maluf (1998), ou Geraldo Alckmin e Lula, em 2006. Dará resultado? Somente as urnas dirão.
Petista repete tática de Alckmin :: Marcelo de Moraes
Em 2006, pressionado pela desvantagem nas pesquisas, o tucano Geraldo Alckmin partiu para o ataque contra o petista Luiz Inácio Lula da Silva no primeiro debate entre os dois. Conhecido por sua serenidade, Alckmin assustou até seus eleitores e a tática acelerou a eleição de Lula.
Ontem, Dilma Rousseff repetiu essa estratégia, batendo pesado em José Serra desde a primeira pergunta. Até então, sua tranquilidade nos debates tinha sido uma surpresa positiva para quem apostava que sua inexperiência a faria derrapar.
A gigantesca diferença em relação a 2006 é que, ao contrário de Alckmin, Dilma apareceu na frente na primeira pesquisa feita no segundo turno. Não tinha qualquer motivo aparente para trocar de tática. Deixou no ar a impressão que a corrida eleitoral talvez esteja mais parelha do que as primeiras sondagens indicam.
Com esse debate é difícil decidir:: Marcus Figueiredo
Foi uma luta jurássica em dois sentidos: ambos são fortíssimos candidatos no duelo, mas centraram o debate no passado. Dilma Rousseff criticou os governos do Fernando Henrique Cardoso e, José Serra, os de Luiz Inácio Lula da Silva. Falaram muito pouco sobre o futuro. Apenas disseram que irão dar continuidade e farão melhorias. Ninguém disse como será o governo pós-Lula nem como será o Brasil depois da brutal mudança social que o presidente atual fez com a expansão da classe média etc. Eles ficaram na comparação entre Lula e FHC. É um comportamento previsível adversários elogiaremos seus próprios passados. Os candidatos pouco discursaram sobre o projeto Brasil para o futuro. Nesse particular, a única coisa relevante foi a questão do pré-sal, que o fundo social dele está direcionado para o desenvolvimento da educação e da ciência e tecnologia. Não falaram nada sobre a inserção do Brasil no mundo desenvolvido. Não disseram nada sobre a posição futura do Brasil no desenvolvimento mundial, ou seja, faltou uma posição política do Brasil no cenário mundial. Com este debate é difícil decidir.
Faltou discutir sustentabilidade:: José Álvaro Moisés
Foi sem dúvida o primeiro debate em que houve confronto em questões importantes e ajudou a esclarecer as posições dos dois lados. O perfil das privatizações no governo FHC e o que Dilma acha do assunto. As posições em relação ao aborto, segurança pública e o papel da Petrobrás. Faltou esclarecer melhor os projetos em que estão situadas muitas das questões técnicas apresentadas. Faltou, por exemplo, debater como as forças políticas eleitas para o Congresso vão traba1har a partir de agora. Faltou, também, discutir um dos temas mais importantes da campanha no primeiro turno: sustentabilidade e meio ambiente, questão que rendeu à candidata Marina Silva, do PV, quase 20% dos votos. Os candidatos ignoraram o tema. Fazendo um balanço geral, acho que o candidato José Serra, do PSDB, se mostrou mais preparado do ponto de vista da experiência administrativa e também no que diz respeito ao tratamento das políticas públicas. A candidata Dilma Rousseff, do PT, ficou excessivan1ente na defensiva, numa estratégia de auto-defesa, decorrente do nervosismo.
Dará resultado? Só urnas dirão :: Carlos Melo
O debate de ontem negou a máxima de que o primeiro debate do 2º turno seja um momento em que ninguém quer se arriscar. Como a mãe que defende a cria, Dilma Rousseff partiu para o ataque a José Serra, colocando-o contra a parede sob o impacto da energia com que se postou diante das câmeras.A questão do aborto ocupou espaço significativo nos primeiros blocos. E à menção de "Erenice Guerra", a petista sacou o caso do assessor tucano que teria sumido com dinheiro de campanha do PSDB. Em inúmeras ocasiões, Serra se viu na defensiva, acusando Dilma de estar se vitimizando, como, aliás, ele próprio fez quando da violação da declaração de renda de sua filha. Não podendo ou não querendo revidar na mesma intensidade - debater com mulher, diz o senso comum eleitoral, é desconfortável-, a certa altura, se confessou surpreso com a "agressividade" da adversária. A escolha de Dilma, com efeito, surpreende e de algum modo faz recordar os embates entre Mário Covas e Paulo Maluf (1998), ou Geraldo Alckmin e Lula, em 2006. Dará resultado? Somente as urnas dirão.
Petista repete tática de Alckmin :: Marcelo de Moraes
Em 2006, pressionado pela desvantagem nas pesquisas, o tucano Geraldo Alckmin partiu para o ataque contra o petista Luiz Inácio Lula da Silva no primeiro debate entre os dois. Conhecido por sua serenidade, Alckmin assustou até seus eleitores e a tática acelerou a eleição de Lula.
Ontem, Dilma Rousseff repetiu essa estratégia, batendo pesado em José Serra desde a primeira pergunta. Até então, sua tranquilidade nos debates tinha sido uma surpresa positiva para quem apostava que sua inexperiência a faria derrapar.
A gigantesca diferença em relação a 2006 é que, ao contrário de Alckmin, Dilma apareceu na frente na primeira pesquisa feita no segundo turno. Não tinha qualquer motivo aparente para trocar de tática. Deixou no ar a impressão que a corrida eleitoral talvez esteja mais parelha do que as primeiras sondagens indicam.
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