DEU NA FOLHA DE S. PAULO
BRASÍLIA - O debate da Band foi um grande momento. Mentores, marqueteiros e palpiteiros detestam debates com debate, como o de domingo, mas o eleitor agradece.
A boa-moça Dilma Rousseff da propaganda evaporou. Como "bater em mulher" seria um desastre, José Serra tentou escapulir da armadilha aproveitando as respostas e suas próprias cotoveladas como escada para martelar propostas.
A experiência e as pesquisas mostram que ataques costumam ter efeito bumerangue, caindo de volta na testa de quem ataca. Assim, se Dilma resolveu mudar de tática, apesar do risco, é porque deve ter pesquisas mostrando que não dá para ganhar mantendo a mesma toada, é preciso ir além. Se nunca fala do PT, seu tom foi de convocação dos petistas para a guerra.
Ela se disse "caluniada", insistiu nas críticas à era FHC e desenterrou o mantra de 2006 de que os tucanos privatizam tudo. Serra reagiu acusando o aparelhamento das estatais e dizendo que vai "reestatizar" a Petrobras, o Banco do Brasil, os Correios, resgatando-os do PT. Para Serra, Dilma tem "duas caras". Para Dilma, ele tem "mil caras".
Lula entrou na história bem menos do que no primeiro turno, e Fernando Henrique, muito mais do que em 2002, 2006 e 2010. Dilma continuou batendo no governo tucano. A novidade foi que Serra topou o confronto e o defendeu.
Dilma corretamente jogou dois fantasmas no colo do rival: a frase infeliz de Mônica Serra, de que a petista era "a favor da morte de criancinhas", e um tal Paulo Vieira de Souza, que teria fugido da campanha tucana com R$ 4 milhões. Ambos ficam pairando na campanha.
E Serra comparou: Collor e Sarney estão com Dilma; Itamar e FHC, com ele. É o tipo de lembrança que fica na caraminhola do eleitor.
Conclusão: Dilma atiçou a militância petista, e Serra aguçou o antipetismo de boa parte do eleitorado. Logo, o PT está no olho do furacão. Tipo assim: ame-o ou deixe-o.
BRASÍLIA - O debate da Band foi um grande momento. Mentores, marqueteiros e palpiteiros detestam debates com debate, como o de domingo, mas o eleitor agradece.
A boa-moça Dilma Rousseff da propaganda evaporou. Como "bater em mulher" seria um desastre, José Serra tentou escapulir da armadilha aproveitando as respostas e suas próprias cotoveladas como escada para martelar propostas.
A experiência e as pesquisas mostram que ataques costumam ter efeito bumerangue, caindo de volta na testa de quem ataca. Assim, se Dilma resolveu mudar de tática, apesar do risco, é porque deve ter pesquisas mostrando que não dá para ganhar mantendo a mesma toada, é preciso ir além. Se nunca fala do PT, seu tom foi de convocação dos petistas para a guerra.
Ela se disse "caluniada", insistiu nas críticas à era FHC e desenterrou o mantra de 2006 de que os tucanos privatizam tudo. Serra reagiu acusando o aparelhamento das estatais e dizendo que vai "reestatizar" a Petrobras, o Banco do Brasil, os Correios, resgatando-os do PT. Para Serra, Dilma tem "duas caras". Para Dilma, ele tem "mil caras".
Lula entrou na história bem menos do que no primeiro turno, e Fernando Henrique, muito mais do que em 2002, 2006 e 2010. Dilma continuou batendo no governo tucano. A novidade foi que Serra topou o confronto e o defendeu.
Dilma corretamente jogou dois fantasmas no colo do rival: a frase infeliz de Mônica Serra, de que a petista era "a favor da morte de criancinhas", e um tal Paulo Vieira de Souza, que teria fugido da campanha tucana com R$ 4 milhões. Ambos ficam pairando na campanha.
E Serra comparou: Collor e Sarney estão com Dilma; Itamar e FHC, com ele. É o tipo de lembrança que fica na caraminhola do eleitor.
Conclusão: Dilma atiçou a militância petista, e Serra aguçou o antipetismo de boa parte do eleitorado. Logo, o PT está no olho do furacão. Tipo assim: ame-o ou deixe-o.
Nenhum comentário:
Postar um comentário