Quando terminou historicamente a redemocratização,com a eleição direta de Fernando Collor,muitas pessoas de esquerda que haviam militado na grande frente que era o PMDB(então MDB)resolveram continuar nesta frente com alguns argumentos que ainda estão aí na ordem do dia para fundamentar as relações mais que esquisitas entre o antigo partido da ética,o PT e o PMDB.
A justificativa para este tipo de atitude é que o PMDB é o partido mais inserido na sociedade brasileira e portanto aquele com mais contato com a massa.A massa é o sonho da esquerda brasileira ,sempre mantida em diminutos partidos sem muita expressão.Diante da ascenção do PT ao poder a idéia de uma revolução,pelo menos transformações radicais,retornou. Até ao mensalão.
Com o mensalão pensava-se que toda esta transformação iria desaparecer.O PT era "o último partido"Qual não foi a surpresa ao ver o Presidente Lula,no final de seu primeiro mandato mostrar habilidade em fazer uma aliança com este partido,que o mesmo Presidente,anos atrás incluiu nos " trezentos picaretas'do congresso.
A aliança que impediu a queda do Presidente Lula criou expectativas extraordinárias para a " revolução":O PMDB se tornou um campeão da democracia,o processo da corrupção passou a ser algo secundário e...o contato com a massa que o PMDB representa passou a ser a possibilidade real da mudança.
Isto tudo demonstra que a esquerda continua pensando em termos absolutamente ultrapassados,tanto nos seus conceitos quanto na sua prática.Quando se vê que determinados agentes da sociedade civil são cooptados pelo estado e o governo;quando se observa esta aliança,observa-se que ela não é mais do que um compromisso pragmático,pois as reflexões acima mostram que o processo de mudança terá que ser contra o PMDB,pois este,ao que se saiba nunca propôs uma revolução;quando se ouve a presidente eleita prometer o fim da miséria,não se sabe bem como,já que o PMDB está há anos no poder e não cogitou disto sequer,sendo mesmo representante do fisiologismo que mantém a nação presa nas dificuldades históricas de seu crescimento.
Como ser uma esquerda mudancista fazendo acordos com o antigo regime? É um enigma difícil de responder agora, mas cujas vésperas não são auspiciosas.
É professor de Filosofia
A justificativa para este tipo de atitude é que o PMDB é o partido mais inserido na sociedade brasileira e portanto aquele com mais contato com a massa.A massa é o sonho da esquerda brasileira ,sempre mantida em diminutos partidos sem muita expressão.Diante da ascenção do PT ao poder a idéia de uma revolução,pelo menos transformações radicais,retornou. Até ao mensalão.
Com o mensalão pensava-se que toda esta transformação iria desaparecer.O PT era "o último partido"Qual não foi a surpresa ao ver o Presidente Lula,no final de seu primeiro mandato mostrar habilidade em fazer uma aliança com este partido,que o mesmo Presidente,anos atrás incluiu nos " trezentos picaretas'do congresso.
A aliança que impediu a queda do Presidente Lula criou expectativas extraordinárias para a " revolução":O PMDB se tornou um campeão da democracia,o processo da corrupção passou a ser algo secundário e...o contato com a massa que o PMDB representa passou a ser a possibilidade real da mudança.
Isto tudo demonstra que a esquerda continua pensando em termos absolutamente ultrapassados,tanto nos seus conceitos quanto na sua prática.Quando se vê que determinados agentes da sociedade civil são cooptados pelo estado e o governo;quando se observa esta aliança,observa-se que ela não é mais do que um compromisso pragmático,pois as reflexões acima mostram que o processo de mudança terá que ser contra o PMDB,pois este,ao que se saiba nunca propôs uma revolução;quando se ouve a presidente eleita prometer o fim da miséria,não se sabe bem como,já que o PMDB está há anos no poder e não cogitou disto sequer,sendo mesmo representante do fisiologismo que mantém a nação presa nas dificuldades históricas de seu crescimento.
Como ser uma esquerda mudancista fazendo acordos com o antigo regime? É um enigma difícil de responder agora, mas cujas vésperas não são auspiciosas.
É professor de Filosofia
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