“Está se dando importância maior do que se deveria à natural dança dos políticos, esse adesismo que tem sido uma praga da política brasileira desde sempre.
Assim as coisas estão longe de serem maniqueístas como o discurso do governo às vezes apresenta: não é verdade que as forças progressistas estão com eles e as forças conservadoras contra eles.
Isso é um mito que o governo espalha. É preciso que haja identidade para que partidos se unam e virem um só. Eu até posso fazer eventuais alianças eleitorais com o DEM, mas não tenho qualquer afinidade ideológica com eles para que nos filiemos ao mesmo partido e passemos a conviver eternamente,
É a dança do poder. Agora, o ritmo da dança pode mudar a qualquer momento, e é incrível que não se avalie isso, Vai faltar soro fisiológico pra todo mundo, Se a inflação recrudescer, não tem como não crescer na sociedade um sentimento oposicionista, E os adesistas dançam conforme a música,”
FREIRE, Roberto. Citado no artigo A dança do “Pudê”. Congresso em Foco, 29/4/2011
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