terça-feira, 10 de maio de 2011

Serra amplia arsenal digital contra Dilma

Blog estreia criticando governo

Flávio Freire

SÃO PAULO. Depois de usar o Twitter para criticar o governo federal, o tucano José Serra resolveu ampliar sua rede virtual em oposição aos governos de Dilma Rousseff e de seu antecessor Luiz Inácio Lula da Silva. O tucano estreou ontem um blog com críticas generalizadas sobre a política antidroga do governo, geração de emprego e gargalos de infraestrutura, além de carências em saneamento, educação e saúde.

Serra ironizou o lançamento, no Rio, da campanha de desarmamento, pois, segundo ele, trata-se de uma cidade a 1.500 quilômetros da fronteira por onde entram as armas que vão parar nas mãos dos traficantes. O Ministério da Justiça informou que se trata de uma campanha para todo o país e que o Rio foi escolhido por ter sido palco de um massacre nunca antes registrado no Brasil.

No artigo "A prática desmente o discurso", Serra atacou a falta de investimento no combate ao tráfico de armas. "Sem recursos básicos nem efetivo suficiente na fronteira, a polícia não tem como conter a entrada da cocaína pelo estado", diz ele, citando problemas nas fronteiras do Acre.

E seguiu:

"Mesmo que não houvesse corte de orçamento da PF, a vigilância das fronteiras seria, como é, precária, em face do abandono do setor. O corte, neste caso, termina sendo uma manifestação sádica da falta de consideração pela segurança e a saúde na população." Procurada, a Secretaria Nacional Antidrogas não se manifestou.

Em outro artigo, intitulado "Uma realidade pouco animadora", Serra critica a política de geração de empregos. "A maior necessidade no Brasil nos próximos dez anos é criar muitos empregos de boa qualidade, que proporcionem melhor padrão de vida para as famílias, mais acesso a bens materiais e culturais, mais saúde, mais futuro."

Por fim, Serra disse esperar que as coisas deem certo no país: "Minha torcida, como a de todo brasileiro, é para que as coisas deem certo, ou o prejuízo será, como já tem sido, coletivo. Para tanto, é preciso que se tomem as providências adequadas. Não é o que está em curso ainda, infelizmente".

FONTE: O GLOBO

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