O governador Sérgio Cabral lançou um bom jato d’água no incêndio que tomava conta da Assembléia Legislativa ao concordar em sancionar a anistia para os bombeiros e em conversar com os professores em greve.
No dia seguinte jogou mais uns baldinhos ao dar entrevista à rádio CBN em tom mais conciliador.
Mas ainda há muitas brasas sob as cinzas. Os bombeiros consideram que as reivindicações que os levaram à greve ainda não foram atendidas.
A oposição não se comoveu com as juras do governador e ainda acha que ele mistura o público ao privado. O código de ética e conduta vai continuar na ordem do dia.
A base aliada também saiu chamuscada do episódio – e muitos creditam as queimaduras à má condução dos últimos acontecimentos pelo líder do governo, André Corrêa (sem partido). Há uma surda rebelião para destituí-lo do cargo – só não se sabe quem pôr no lugar.
E o baixo clero, que desempenhou o papel de tropa de choque de Cabral nos momentos mais agudos da crise, vai querer, sem dúvida, cobrar a fatura pelos serviços prestados. Alguns já sugerem o nome de Domingos Brasão (PMDB) para a cadeira de André Corrêa.
Para a sorte do governador, porém, chegou o recesso. O melhor aliado de Cabral, hoje, é o calendário.
ESCOLA
Aliás, o PMDB do Rio deve ter montado um cursinho para ensinar os parlamentares do baixo (e do baixíssimo) clero a defenderem os governos.
Os argumentos usados na Assembléia Legislativa e na Câmara do Rio – a favor de Sergio Cabral e Eduardo Paes – andam tão parecidos...
FONTE: EXTRA (RIO)
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