Os ministros, ex-ministros e futuros ex-ministros estão à beira de um ataque de nervos.
Alfredo Nascimento, defenestrado dos Transportes, usou a volta ao Senado para admitir ter mágoa de Dilma, jogar os escândalos no colo do sucessor Paulo Sérgio Passos, seu ex-secretário-executivo, e liberar um desconhecido lado cômico: "O PR não é lixo para ser varrido".
Wagner Rossi foi jogado na fogueira pelo ex-diretor da Conab (o Dnit da Agricultura) Oscar Jucá Neto, irmão do longevo e famoso líder do governo no Senado, Romero Jucá. Também no Congresso, Rossi negou que haja uma "central de corrupção" na pasta que comanda. Reduziu tudo a "ressentimento".
Nelson Jobim, o que detesta ser "dissimulado" e adora falar suas verdades por aí, conversou ontem com Dilma, saiu calado e viajou a serviço para a região Norte, onde assina com a Colômbia acordos para a proteção conjunta das fronteiras. Como se nada tivesse acontecido -até a próxima verdade.
E o Planalto fez um troca-troca: sai a CPI dos Transportes, ufa!, e entra uma fila de mais cinco ministros para depor "a convite" na Câmara: Comunicações, Meio Ambiente, Desenvolvimento Agrário, Cidades e o novo dos Transportes.
De CPIs sempre podem sair cobras e lagartos. De depoimentos camaradas só saem palavrórios e imagens para preencher a grade de programação da TV Câmara.
Pelo sim, pelo não, o Palácio do Planalto se esforçou para salvar pelo menos um, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. No lugar dele vai o diretor da ANP (Agência Nacional do Petróleo), Haroldo Lima. Por enquanto...
Sem a CPI, o PR falou grosso no Congresso e se retirou do bloco de apoio ao governo. Repare bem: do bloco de apoio, não do governo. Aí, vale o "daqui eu não saio, daqui ninguém me tira".
Conclusão: está uma bagunça danada no fim do recesso. Por quê? Está faltando comando.
FONTE: FOLHA DE S. PAULO
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