Força Nacional envia mais 120 homens após incêndio em 36 alojamentos
Danilo Fariello, Rennan Setti
BRASÍLIA. O governo federal enviou na madrugada de ontem mais 120 homens da Força Nacional de Segurança para Porto Velho. Pela manhã, 11 pessoas foram presas, depois que 36 dos 53 alojamentos da margem direita do rio Madeira foram incendiados por volta de 1h da manhã. Ninguém ficou ferido no incêndio, mas um operário morreu de infarto durante o incidente. No local, já havia 113 membros da Força Nacional e 140 policiais militares para auxiliar a Polícia Militar de Rondônia no combate aos tumultos nas obras da usina hidrelétrica de Jirau.
Em assembleia, a maioria dos trabalhadores da construção aprovou na segunda-feira a volta ao trabalho. Mas, segundo a construtora Camargo Corrêa, após os incêndios, a obra foi paralisada e três mil dos sete mil trabalhadores foram levados para Porto Velho. A construtora - que classificou o incidente de "novos atos de vandalismo" - ainda não avaliou os prejuízos. Em 2011, também houve tumultos violentos no canteiro e, agora, a Secretaria de Segurança de Rondônia vai instalar uma delegacia provisória em Jirau.
O vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil do estado, Altair Donizete, acredita que o incêndio foi iniciativa de uma minoria de trabalhadores insatisfeitos com o acordo que encerrou a greve na segunda-feira, ou ainda de intrusos.
O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência (SGP), Gilberto Carvalho, disse que o governo vai oferecer o apoio necessário da Força Nacional para evitar tumulto. Ontem, a SGP reuniu representantes de governo, trabalhadores e empresas. Na reunião, representantes dos trabalhadores da hidrelétrica de Belo Monte, que esteve em greve nos últimos dias, pediram uma melhor forma para pagamento dos salários. Ontem, segundo o consórcio, os trabalhos eram executados normalmente.
FONTE: O GLOBO
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