Depoimento de Carlinhos Cachoeira pode ser 1ª prova de fogo da comissão
Investigações sobre relações do empresário com autoridades começaram há quase um mês no Congresso
Andreza Matais, Gabriela Guerreiro e Rubens Valente
BRASÍLIA - A CPI do Cachoeira, criada há quase um mês no Congresso, pode ter sua primeira prova de fogo amanhã. Isso se Carlinhos Cachoeira, com depoimento público marcado, não conseguir no Supremo Tribunal Federal o adiamento da sessão.
Enfrentar uma grande CPI não é novidade de Dilma Rousseff. Todos os governos pós-ditadura militar (1964-1985) passaram por isso.
Na Presidência de José Sarney (1985-1990), a CPI da Corrupção investigou denúncias de uso da Secretaria de Planejamento (hoje Ministério do Planejamento) para financiar propostas de alteração na Constituinte.
Fernando Collor (1990-1992), hoje na CPI do Cachoeira, sofreu processo de impeachment após a CPI do caso PC Farias, tesoureiro eleitoral do então presidente.
O governo de Itamar Franco (1992-1994) amargou a CPI dos Anões do Orçamento, que investigou fraudes com emendas parlamentares.
Os mandatos de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) viveram a CPI dos Precatórios, que averiguou fraudes financeiras em Estados, a do Sivam, que investigou o sistema de vigilância da Amazônia, e a do Judiciário.
Lula (2003-2010) enfrentou as CPIs dos Correios e do Mensalão, que investigaram a compra de apoio parlamentar, a do Banestado, que apurou evasão de divisas, além da CPI dos Bingos.
FONTE FOLHA DE S. PAULO
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