"São três questões básicas para definir as responsabilidades no processo do mensalão. São, qual a origem do dinheiro, quem operou o esquema e quem foi beneficiário por ele ( quem recebeu o dinheiro ). O relator já apresentou a origem do dinheiro: o Banco do Brasil. Passou pelas contas de uma agência do publicitário Marcos Valério e foi usado pelo ex tesoureiro do PT Delúbio Soares para fazer a sua distribuição entre os seus partidários e seus aliados. Assim o relator confirma a origem pública do dinheiro ( origem ilegal ) e reforça a acusação de lavagem de dinheiro. O sr. Henrique Pizzolato, militante petista e ex-diretor do BB, foi quem operou o esquema.
Vale acrescer que, mesmo que o dinheiro fosse privado e não público, estaria configurado o crime de corrupção, isto é, a distribuição de dinheiro para apoio político. Nada tem a ver com caixa dois pois este crime eleitoral é a não declaração de recursos recebidos de qualquer fonte privada para campanha eleitoral. No caso os réus não têm como provar que o dinheiro é privado e que ele se destinava às campanhas.
Dinheiro não tem carimbo, não está vinculado a uma ação qualquer, como campanha eleitoral e seria também crime mas os que os réus do mensalão cometeram é muito mais grave.
Não vejo como podem escapar com fatos tão evidentes."
Alberto Goldman, ex-militante do PCB, foi deputado estadual,deputado federal, secretário de Estado, ministro e vice governador de S. Paulo.
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