Paulo de Tarso Lyra
O Ibope divulgou a primeira pesquisa de opinião pública para o segundo turno
das eleições à prefeitura de Salvador no mesmo dia em que a presidente Dilma
Rousseff desembarcou na capital baiana para participar do comício do candidato
petista, Nelson Pellegrino. De acordo com o instituto, o candidato do DEM, ACM
Neto, ampliou a vantagem em relação ao adversário. O demista aparece com 47%
das intenções de voto, contra 39% de Pellegrino. Levando-se em conta apenas os
votos válidos, ACM Neto tem 54% e Pellegrino, 46%. A pesquisa foi realizada
entre 17 e 19 de outubro, com margem de erro de 3 pontos percentuais, para mais
ou para menos.
No comício de ontem, o governador da Bahia, Jaques Wagner, agradeceu a presença
da população apesar do último capítulo da novela Avenida Brasil. “Vocês vieram
aqui para ver a nossa presidente. E Pellegrino faz parte desse projeto. Ele, eu
e Dilma vamos concluir o metrô de Salvador e a linha vai chegar até aqui, em
Cajazeiras”, prometeu o governador aos moradores do bairro, que é um dos mais
carentes da periferia da capital baiana.
Wagner não demostrou preocupação com os números divulgados ontem pelo Ibope.
Segundo ele, é o mesmo instituto que, em 2006, dizia que ele seria derrotado
pelo então candidato do DEM, Paulo Souto. E que oscilou ao longo de todo o
primeiro turno, ora mostrando o demista na frente, ora mostrando o petista.
“Vocês sabem quem matou o Max? Eu não. Mas eu sei quem vai ganhar a eleição em
Salvador: Pellegrino”, completou o governador.
O candidato derrotado do PMDB à prefeitura de Salvador, Mário Kértesz, aliado
do vice-presidente da Caixa Econômica Federal Geddel Vieira Lima, compareceu ao
comício. O segundo turno levou-o ao rompimento com seu padrinho. Geddel apoia
ACM Neto. “Do outro lado, é só malvadeza”, declarou, referindo-se a um antigo
apelido dado pelos adversários políticos ao senador Antonio Carlos Magalhães,
que morreu em 2007.
Dilma, que teve dificuldades para pronunciar o nome Cajazeiras, pediu para os
baianos “considerarem Pellegrino” e afirmou que ele será um grande parceiro do
governo federal. “Nós somos republicanos, não perseguimos nem discriminamos
ninguém. Mas isso não significa que eu não saiba quem está no meu projeto e
quem faz parte da minha família. E a minha família é o 13”, finalizou a
presidente.
Fonte: Correio Braziliense
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