Na TV, presidente critica usinas -controladas pelo PSDB- que não renovaram as concessões
Tarifa cai 18% para as residências e até 32% para indústrias; governo diz que não haverá custo extra para o Tesouro
Natuza Nery, Fernanda Odilla
BRASÍLIA - Em um pronunciamento no qual qualificou críticos como "pessimistas", a presidente Dilma Rousseff anunciou que o governo fará uma redução maior que a prometida nas tarifas de energia.
Dilma afirmou em rede nacional que residências terão redução de 18%, ante os 16,2% inicialmente prometidos. Já o desconto para indústria, comércio, serviços e agricultura poderá chegar a 32%; o teto anterior era 28%.
A redução, que era prevista para 5 de fevereiro, passa a valer hoje, segundo Dilma.
A decisão pegou de surpresa até mesmo integrantes do governo envolvidos com o tema. Para interlocutores da presidente, a bondade adicional é uma forma de "calar avaliações pessimistas" de que ela não cumpriria a redução anunciada -parte das concessionárias, como as controladas pelos governos tucanos de São Paulo e Minas, não aderiu à renovação em troca de menores preços.
A Folha apurou que a redução maior vem de "ajuste técnico" nos cálculos da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica): em 2012, a agência fez uma conta conservadora e, ao detalhar os números, chegou ao índice maior. Negociadores do Executivo dizem que não haverá impacto extra para o Tesouro.
"Aproveito para esclarecer que o cidadãos atendidos pelas concessionárias que não aderiram ao nosso esforço terão ainda assim a conta de luz reduzida, como todos os brasileiros. Espero que em breve até mesmo aqueles que foram contrários à redução da tarifa venham a concordar com o que estou dizendo."
A presidente afirmou que o país avança "sem retrocessos" e que "(...) nesse novo Brasil aqueles que são sempre do contra estão ficando para trás."
Fonte: Folha de S. Paulo
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