“Há algo de estranho no ar, pois essa aceleração do tempo político que presenciamos não é normal. Ainda estamos rios prelúdios de 2013, sem saber o que o resto dos seus dias nos promete, se boa safra ou tempos aziagos. Contudo, bem longe do porto, ainda em alto oceano, já se ouvem vozes anunciando terra avista e de preparação de desembarque próximo. De um salto estaríamos chegando a 2014, o ano da sucessão presidencial. A tripulação que nos dirige, velha de guerra de dez anos na função, estaria procurando atalhos para encurtar o tempo como manobra para evitar a aproximação de temíveis naves inimigas ou teme motim a bordo na sua coalizão?”
In. Luiz Werneck Vianna, sociólogo e professor-pesquisador da PUC-Rio. ‘2014 à vista’, O Estado de S. Paulo, 16/2/2013.
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