O ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) está prestes a bater asas do ninho tucano e pousar no PPS, ou melhor, no novo partido que resultará da fusão da legenda com o PMN. As conversas estão adiantadas. Serra, que disputou duas eleições presidenciais e perdeu uma para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outra para a presidente Dilma Rousseff, chegou à conclusão de que não há mais espaço para ele no PSDB.
O tucano compareceu ontem ao seminário organizado pelo PPS, depois de evitar mais uma vez um encontro, na sexta-feira, com o senador Aécio Neves(MG), pré-candidato a presidente da República pela legenda. Sem se declarar candidato, o ainda tucano destacou que está com disposição de união e tem credencial para isso.
“Podemos trabalhar pela união, pela melhor forma que seja possível. Como eu mesmo disse, pode ser por várias candidaturas ou uma só, mas isso não significa que estou me colocando”, disse. Serra dialoga com o candidato do PSB, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e evita Aécio Neves, o que irrita a maioria dos tucanos.
Críticas. Serra disse que o bom momento econômico do país na reta final do governo Lula foi decisivo para a vitória do PT em 2010. O tucano, entretanto, chamou a atenção dos aliados de que, atualmente, o cenário econômico seria desfavorável à presidente. Para ele, a economia está em “marcha lenta” devido à falta de investimentos públicos. Criticou as políticas federais nos transportes, o loteamento das agências reguladoras, o aumento da inflação, além de problemas nas áreas da saúde e da educação.
Relógio. O PPS convocará um congresso extraordinário com pleno poderes para operar a fusão com o PMN e reestruturar sua direção. A decisão será tomada hoje, em reunião do diretório nacional. A legenda corre contra o relógio para não perder o tempo de tevê e os recursos do fundo partidário dos parlamentares que aderirem à nova legenda.
Fonte: Correio Braziliense
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