Por Caio Junqueira
BRASÍLIA - O governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, reuniu deputados e senadores de seu partido ontem em Recife e deu oficialmente a largada para sua campanha presidencial em 2014.
"Ninguém saiu com dúvida de que ele será candidato. O momento de lançamento é em 2014, mas o processo de construção começa agora", disse o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), um dos presentes ao encontro.
Segundo ele, foram traçados na reunião os próximos passos da construção da candidatura. "Vamos filiar pessoas no partido, montar chapas de deputado federal e estadual, construir os palanques estaduais e fazer formulações sobre a política e a economia", afirmou, lembrando que o partido vai preparar documentos com propostas para a economia.
Também foram acertados pontos sobre o discurso que o partido deve fazer a partir de agora. "Vamos falar sobre a vida das pessoas. O principal é saúde, educação, mobilidade urbana e segurança pública. Essa é a agenda que o povo quer. Vamos ampliar a interação com a população." Rollemberg declarou que Campos "só não falou vamos colocar a campanha na rua porque não é o momento ainda de colocar a campanha na rua."
A avaliação geral dos parlamentares no encontro era de que há um vazio político que precisa ser ocupado e que Campos tem as condições ideias para ocupá-lo pois representa "mudança, realização e capacidade de diálogo".
Rollemberg disse ainda que as divergências internas quanto à candidatura Campos, manifestadas por governadores do partido no primeiro semestre, não existem mais. "Essa é a novidade. Setores do partido tinham reticências quanto à candidatura. Mas o que percebemos agora é entusiasmo. Eu não tenho dúvida de que ele será candidato."
Colocou que mesmo o governador do Ceará, Cid Gomes, e o ex-governador, Ciro Gomes, já demonstram apoio à candidatura. Isso, de acordo com ele, foi manifestado na reunião da Executiva do PSB dia 1 de julho.
O senador mencionou a fala da deputada Luiza Erundina (PSB-SP), que comoveu Campos. "Ela falou da trajetória de Miguel Arraes (avô de Campos e ex-governador de Pernambuco). Que era o momento de renovação e que ele trazia a renovação de Arraes, à esquerda, identificada com o povo. E que acabou a hora de o PSB ser coadjuvante para ser protagonista."
Fonte: Valor Econômico
Nenhum comentário:
Postar um comentário