Apesar de os partidos da oposição alegarem que não foram chamados para uma conversa com a presidente Dilma Rousseff a respeito da crise, o senador Randolfe Rodrigues (líder do PSOL) foi recebido em audiência, no Palácio do Planalto. Ele disse que visitou a presidente apenas na condição de parlamentar, já que seu partido avisou que não iria ao encontro.
Segundo Randolfe, a presidente não se queixou do fato de a oposição não ter aparecido. "Nem eu me preocupei em relação a isso, porque isso é uma posição em relação ao PSDB e I ao DEM, e não me parece que a presidente se preocupou em relação a isso", declarou o senador. "Pelo que sei, todos os partidos foram convidados desde a semana passada, todos os líderes partidários, sejam eles da base de apoio ao governo, sejam de oposição", acrescentou. DEM, PSDB e PPS, no entanto, reafirmaram que não foram convidados. Mas o Palácio do Planalto afirmou que os três partidos foram chamados e recusaram o convite.
Popularidade. O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), avaliou ontem que a queda de popularidade da presidente Dilma pode favorecer o clima de "volta Lula" dentro do PT. A afirmação do tucano é sobre as informações que circulam sobre a hipótese de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vir a disputar a sucessão presidencial no ano que vem, caso Dilma não recupere os índices de aprovação pessoal e de seu governo.
Para ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB), a queda de popularidade da presidente, do governador Geraldo Alckmin e do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, é resultado da influência eleitoral das manifestações no País. "As manifestações têm influência na política, pois representam uma reclamação contra políticos de diferentes níveis", afirmou.
Fonte: O Estado de S. Paulo
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