Por Yvna Sousa
BRASÍLIA - O presidente nacional do PT e candidato à reeleição para a direção do partido, Rui Falcão, disse ontem que é preciso assumir posturas mais duras em relação aos prováveis concorrentes da presidente Dilma Rousseff nas eleições presidenciais de 2014.
Sem citar nomes, Falcão fez referência ao presidente do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e à ex-senadora Marina Silva, fundadora do partido Rede Sustentabilidade.
Em relação a Eduardo Campos, o petista declarou que sua "tolerância e paciência" estão se esgotando com as declarações do governador, atualmente aliado da presidente Dilma. "Não vamos fazer nada de maneira açodada ou movidos pela emoção. Mas nós precisamos começar a responder aos ataques que são feitos à nossa Presidência e ao nosso governo. Inclusive, mostra que tipo de aliança se pretende construir de alguém que se diz ser de esquerda buscando aliança com a direita", disse.
Já em relação a Marina Silva, Rui Falcão criticou suas "incoerências". "Uma candidata que vende pureza num dia e no outro dia busca um jeitinho no TSE [Tribunal Superior Eleitoral para registar a Rede Sustentabilidade]. Que fala em nova economia, mas chama para assessorá-la conhecidos economistas neoliberais", declarou.
"Essa disputa política nós temos que começar a fazer mais rigor, para mostrar a rigidez e a diferença do nosso projeto", defendeu Rui Falcão. O presidente do PT ressaltou ainda que as candidaturas próprias regionais podem ser deixadas de lado em prol da eleição de Dilma. "Não podemos esquecer que é uma disputa nacional. E a Presidência da República vai determinar a nossa política de aliança nos Estados", afirmou.
As declarações foram feitas durante o lançamento da chapa "Partido é Para Todos na Luta", em Brasília ontem, de apoio à candidatura de Falcão. O grupo recebeu a adesão de quatro correntes do partido. Entre elas, está a Movimento PT, que tradicionalmente lança candidaturas próprias. Há ainda apoios independentes de integrantes de outras correntes. Estiveram presentes no lançamento o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário.
Fonte: Valor Econômico
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