Em carta, ex-deputado Maurício Rands explica que, no PSB, tem a tarefa de ajudar a expandir para o País a "bem sucedida" experiência administrativa do Estado
Como tão surpreendentemente saiu, tão surpreendentemente voltou. Agora, sem a barba que ao longo da vida política o confundia entre a marca pessoal e o jeito petista de ser. O ex-líder do governo Lula na Câmara Federal Maurício Rands (PSB), depois de uma prometida despedida definitiva, retorna à vida política (pública) como um dos nomes cotados pelo governador Eduardo Campos (PSB) à sua sucessão.Em nota, diz que a está retomando a partir do ponto a qual a deixou. De forma clara, ressalta, ainda, que retorna com a tarefa de ajudar a expandir ao País a "bem sucedida" experiência administrativa de Eduardo em Pernambuco. "Comunico minha filiação ao PSB, uma decisão que arremata a que tomei em 2012 quando decidi me desfiliar do Partido dos Trabalhadores. Desde então as razões daquela decisão foram consolidadas pelos crescentes sinais de que a política brasileira está entrando em novo ciclo", prevê.
Na nota, Rands reclama a necessidade de uma nova fase de mudança na cultura política e administrativa do Brasil, processo que reconhece ter se iniciado com a eleição de Lula. "O Brasil precisa preservar as conquistas dos governos Lula e Dilma e, ao mesmo tempo, avançar em mudanças... Penso que no momento quem melhor está posicionado para viabilizar esses objetivos nacionais é o governador Eduardo Campos", aponta.
Há pouco mais de um ano, Rands despediu-se através de uma "Carta ao povo pernambucano", na qual condenava o autoritarismo da direção nacional do PT: "... Cometeram o grave equívoco de ter a pretensão de impor, a partir de São Paulo, um candidato (Humberto Costa) à Frente Popular e ao povo do Recife. (...) Diante da minha discordância com essa ruptura provocada pela direção nacional do partido, conclui que cheguei ao fim de um ciclo na minha vida de militante partidário", dizia em um trecho.
Na nota da volta, ontem, declara sentir-se com a "responsabilidade de contribuir com o projeto nacional do PSB", externa a nova opção partidária e se diz certo de que, filiado ao PSB, vai continuar "ajudando a concretizar os ideais de justiça e igualdade".
O mesmo fez o deputado licenciado e secretário dos Transportes, Isaltino Nascimento, até então considerado um petista histórico. Revela que foram quase 30 anos militando no Partido dos Trabalhadores, ao qual se filiou em 1985. Todavia, credita - além a adesão ao projeto nacional do PSB - a divisão interna no PT a sua saída. "Ressalto que os compromissos assumidos com o povo pernambucano são os mesmos neste projeto que se propõe a avançar ainda mais nas conquistas obtidas até agora... Sempre segui a orientação partidária, respeitando a decisão da maioria, mesmo quando tinha opinião contrária. Contudo, diante de dificuldades de encaminhamentos internos e dissociação de pensamento, sigo neste novo caminho, agora em busca de ampliar esta militância ao Congresso Nacional". (A. M.)
Fonte: Jornal do Commercio (PE
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