segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Campos nega escolha de Maurício Rands para a sucessão estadual de PE

Ex-petista agora é filiado ao PSB, partido do governador e pré-candidato à Presidência da República

Letícia Lins

RECIFE — O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), negou que já tenha escolhido o ex-deputado Maurício Rands, ex-petista e atualmente filiado ao PSB, para disputar a sucessão estadual pela Frente Popular, coligação de 14 partidos que levou o socialista ao Palácio do Campo das Princesas, por duas vezes seguidas. Da Frente não faz mais parte o PT, partido com o qual Campos rompeu depois vê-lo em crise na disputa pela prefeitura de Recife, em 2012.

Rands foi um dos pivôs da crise, que levou o PT a expor suas fraturas. Ele pretendia disputar a prefeitura, e tentou ser indicado na convenção do PT recifense, mas foi derrotado pelo então prefeito João da Costa. O grupo de Rands - a CNB, Construindo um Novo Brasil - não aceitou o resultado e a executiva nacional impôs o nome do Senador Humberto Costa. Pouco depois, ele divulgava uma carta saindo do partido e renunciando ao mandato de deputado federal. Rands também entregou a secretaria que ocupava no governo Eduardo Campos. Em carta, ele dizia que tinha abandonado de vez a política.

O ex-deputado viajou para a Europa e, agora, de volta a o país, filiou-se ao PSB. Na noite da última sexta feira, ele esteve com a ex-ministra Marina Silva, em um encontro com evangélicos em Pernambuco. Rands era o único "verde" não histórico a acompanhar a idealizadora da Rede no evento. Marina está cotada para ser a vice do presidenciável Eduardo Campos, que dá início oficialmente nesta segunda-feira ao debate sobre a sucessão estadual em Pernambuco. Ele encarregou o presidente estadual do PSB, Sileno Gudes, de ouvir lideranças e de apresentar o programa nacional Rede/PSB aos políticos locais.

No final de semana, Campos reuniu-se com o vice governador João Lyra Neto, que está no páreo para ficar no Palácio do Campo das Princesas. Ele também vem conversando com três dos seus secretários e com o ex-ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho.

- No momento, estamos apenas discutindo o conteúdo, como fizemos nacionalmente. Entendo que muitas pessoas façam política começando pelos nomes, mas aprendi a fazer política começando a discutir o que nos deve unir. Qual é o nosso propósito? O que devemos ter em uma candidatura é que ela possa representar os nossos compromissos. Por ter feito assim foi que ganhei em 2006 e 2010. Foi assim, também, que ganhamos em 2012, disse, referindo se ao prefeito Geraldo Júlio (PSB)

Fonte: O Globo

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