César Felício – Valor Econômico
BRASÍLIA - O palanque no Rio de Janeiro para a candidatura presidencial do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), deverá ser encabeçado pelo deputado Miro Teixeira (Pros). Segundo o rival interno de Miro pela candidatura da aliança ao governo estadual no Rio, o deputado Alfredo Sirkis (PSB-RJ), a definição pelo deputado do Pros "já consta como decidida pelas instâncias superiores", em uma referência ao próprio Campos e à ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que deve ser candidata a vice.
Miro foi um dos organizadores do Rede Sustentabilidade, partido de Marina que não conseguiu autorização legal para participar das eleições este ano. Quando Marina ingressou no PSB para participar do processo eleitoral deste ano, Miro optou pelo Pros, sigla ainda em organização. De acordo com o deputado, foi uma escolha para impedir um processo por infidelidade partidária que colocasse em risco o seu mandato. O Pros é controlado pelo governador do Ceará, Cid Gomes, aliado incondicional da presidente Dilma Rousseff, mas Miro deu garantias a Campos e Marina de que não haverá problemas para a dissidência.
"Uma das grandes qualidades do Pros é a absoluta liberdade que garante aos seus candidatos", disse Miro. O parlamentar discutiu o quadro nacional com o irmão de Cid, o ex-governador cearense Ciro Gomes, em um encontro do partido em Tocantins, onde a sigla também terá candidato próprio. O Pros ainda lança candidaturas na Paraíba e no Amazonas. O Rio de Janeiro é um dos Estados com o cenário mais pulverizado do país. Há seis candidaturas expressivas: as que aparecem com mais intenção de voto em pesquisas são as do ex-governador Anthony Garotinho (PR) e a do senador Marcelo Crivela (PRB-RJ). Em seguida, estão o vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), o senador Lindbergh Faria (PT), o ex-prefeito do Rio César Maia (DEM) e Miro. Os quatro primeiros devem apoiar a reeleição de Dilma, deixando a faixa oposicionista livre para os últimos.
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