A empresários, pré-candidato tucano diz que, se eleito, vai cortar pela metade o número de ministérios
Sergio Roxo - O Globo
SÃO PAULO - O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, senador Aécio Neves, afirmou nesta segunda-feira que, caso seja eleito, quer cortar pela metade o número de ministérios do governo, hoje em 39. Aécio aproveitou o apoio da plateia para lançar um desafio e dizer que não se preocupa se o PT decidir trocar a candidatura da presidente Dilma Rousseff pela do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na eleição de outubro.
- Pra mim, não me importa se é o ex-presidente Lula ou a presidente Dilma que será o candidato.
Ao discursar em almoço do Lide, Grupo de Lideranças Empresariais, em São Paulo, o senador tucano falou ainda em melhorar a concessão dos empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), reduzir a carga tributária e investir em Parcerias Público Privadas (PPP).
- Num futuro governo do PSDB, acabaremos com metade dos atuais ministérios e criaremos uma secretaria que, em seis meses, apresente uma proposta num primeiro momento de simplificação do sistema tributário e, no médio prazo, consiga a redução da carga tributária - disse o senador.
Mais tarde, ao responder a perguntas da plateia, Aécio falou também que iria acabar “com boa parte desses cargos em comissão".
O senador defendeu regras mais claras para o acesso a empréstimos do BNDES.
- Eu gosto muito dos juros do BNDES, mas eu quero que haja juro do BNDES para todos e não apenas para meia dúzia de escolhidos - disse, sendo aplaudido com entusiasmo pelos empresários.
Ao falar da crise da Petrobras, disse que, se eleito, passará o "país a limpo".
Assim como fez o seu provável adversário do PSB, Eduardo Campos, na semana passada, Aécio também manifestou preocupação de que seja feito "terrorismo" com a possibilidade de fim do Bolsa Família se o vencedor da eleição não for um petista. Apesar de ter prometido manter o programa, o tucano afirmou que fará ajustes, como a concessão de bônus para alunos que consigam notas superiores à média e a pais que entrarem em um programa de requalificação profissional.
- A grande diferença é que para nós o Bolsa Família é um ponto de partida. Para o PT, é um ponto de chegada.
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