• Ex-governador confirma que disputará a vaga de senador, enfrentando a concorrência de Romário (PSB). Garotinho elogia Campos, descarta PT e poderá apoiar chapa socialista
Eduardo Miranda, Aurélio Gimenez – Brasil Econômico
Rio - O PMDB fluminense precisou entrar em ação na tarde de ontem para desfazer os boatos de que o ex-governador Sérgio Cabral ficaria de fora das eleições de outubro. Como antecipou o jornal "O Dia", a cúpula do partido se reuniu ontem na casa do ex-governador para confirmar que Cabral é pré-candidato ao Senado. No encontro, estavam o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), que é pré-candidato à reeleição; o presidente do PSD, Índio da Costa; e o presidente da Assembleia Legislativa, Paulo Melo (PMDB). Na reunião, também foi confirmado o nome do deputado estadual Felipe Peixoto (PDT) como vice de Pezão. Na quarta-feira, Índio da Costa, líder do PSD, teria dito que o ex-governador desistira de concorrer a um cargo na eleição.
No mesmo dia, o presidente regional do PMDB, Jorge Picciani, afirmou que o partido só apoiaria Cabral ou o senador Francisco Dornelles (PP) para a vaga. Até agora, o deputado Romário (PSBRJ) é o único adversário declarado que o ex-governador enfrentará nas urnas. Ontem, também no Rio, o ex-governador Anthony Garotinho (PR), que aparece na liderança de algumas pesquisas de intenção de voto, se reuniu com jornalistas para uma conversa informal e deu sinais de que o PR fluminense deverá ceder palanque ao presidenciável Eduardo Campos (PSB).
Apesar de afirmar que não quer influenciar os 120 mil filiados do PR estadual, que escolherão nas prévias de 21 e 22 de junho o presidenciável que a legenda deve apoiar, Garotinho fez elogios ao socialista e disse que a candidatura do ex-governador de Pernambuco é viável. "Em 2002, quando fui candidato à Presidência, tinha 4% das intenções de voto antes do horário eleitoral gratuito na TV. Em 40 dias, saltei para 19%. Na reta final do primeiro turno, estava quase empatado com José Serra (PSDB)", disse, apostando na escalada de Campos quando começar a campanha na televisão.
O presidente regional do partido disse, porém, que a aliança nacional do PR em torno da reeleição de Dilma Rousseff deve ser mantida. Garotinho justificou seu afastamento do PT. "Pedi que o PT nacional induzisse os partidos do Rio a apoiar minha candidatura, mas isso não foi feito. Disse a eles que queria reciprocidade no apoio, mas não dá para a Dilma fazer campanha para quatro candidatos do Rio e o Lula só apoiar o Lindbergh (PT)", argumentou.
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