Marcela Balbino – Folha de S. Paulo
RECIFE - O presidenciável Eduardo Campos (PSB) minimizou a formação de palanques no Rio e em São Paulo com seus principais adversários na disputa presidencial, PT e PSDB, durante uma festa de São João promovida pelo governador João Lyra Neto (PSB), em Caruaru (PE), na noite de sexta-feira (20).
À tarde, o PSB de Campos firmou uma aliança nos dois principais colégios eleitorais do país: São Paulo e Rio de Janeiro. Um pessebista será vice do governador Geraldo Alckmin (PSDB), e Romário disputará o Senado na chapa de Lindbergh Farias (PT).
Campos afirmou a jornalistas em Caruaru que as campanhas serão feitas seguindo as "ideias e o programa" do PSB. "Uma coisa é a campanha nacional e outra é a estadual", disse.
"Vamos fazer a campanha em São Paulo com os nossos companheiros, com as nossas ideias, com o nosso programa, com os partidos que estão apoiando a nossa candidatura, como vamos fazer em todos os lugares do país."
Segundo Campos, o discurso sobre os palanques regionais faz parte do passado. "Até esse termo 'subir no palanque' é velho", disse. "Tanto eu quanto a Marina temos dito que a gente vai governar o Brasil com os melhores. E nós podemos governar o Brasil com os melhores do PT, do PSDB, com os melhores que não têm partido", afirmou o pré-candidato à Presidência.
Campos se disse "tranquilo" com o apoio ao candidato do PT, apesar das recorrentes críticas que faz ao partido, do qual foi aliado ao longo da vida política, chegando a assumir o posto de ministro da Ciência e Tecnologia no governo Lula.
"Tenho uma relação com Lindbergh que não é de hoje. Conheço desde que ele era líder estudantil na campanha do impeachment, fazendo minha campanha para prefeito em 1992. Nem por isso deixei de apoiar o Miro [Teixeira] como nosso candidato até ele desistir", disse.
Questionado sobre o desempenho na pesquisa CNI-Ibope de intenção de voto, em que aparece com 10% das intenções, atrás da presidente Dilma Rousseff (39%) e do tucano Aécio Neves (21%), Campos se disse otimista com a vitória nas urnas.
"Com certeza vamos estar no segundo turno e vamos ganhar a eleição, porque somos o único caminho capaz de unir o Brasil em torno de uma agenda renovadora, em torno da mudança na política e com a possibilidade de preservar as conquistas que tivemos nos anos passados e afirmar novas conquistas no futuro", afirmou.
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