sábado, 26 de julho de 2014

Campos critica ‘presidencialismo de coalização’ de Dilma

• Em lançamento das candidaturas do grupo de Marina Silva, presidenciável elogiou economia de Fernando Henrique e Bolsa Família de Lula

Leonardo Guandeline – O Globo

SÃO PAULO - O candidato do PSDB à Presidência da República, Eduardo Campos, criticou no fim da noite desta sexta-feira a política econômica do governo Dilma Rousseff e o presidencialismo de coalizão, “a política atrasada que hoje sustenta o governo”. Falando em mudança e ao lado de sua vice, a ex-senadora Marina Silva, o ex-governador pernambucano participou de evento que marcou o lançamento de candidaturas a deputado estadual e federal por São Paulo do grupo da Rede de Marina, no centro de São Paulo.

- O mundo se refaz da maior crise econômica de sua história. Hoje, o país que em 2010 soprava continuidade sopra mudança... A agenda interditada é tirar o país da situação em que ele se encontra hoje com a retomada da inflação, os juros altos, o baixo crescimento, a descrença da sociedade na democracia que conquistamos e as instituições - disse Campos, criticando a atual política.

- A gente tem que mudar o Brasil em Brasília. A política atrasada que hoje sustenta o atual governo é que reproduz nos estados o atraso da política. É o presidencialismo de coalizão que mantém vivo Brasil afora as facções mais atrasadas da política brasileira.

Campos citou positivamente o aporte do governo federal aos bancos durante o governo Fernando Henrique Cardoso como êxito de política econômica, e a junção de programas sociais no Bolsa Família, como política social importante para evitar a exclusão durante o governo Lula.

Em seu discurso, a ex-senadora Marina Silva disse que a luta por uma nova política é uma luta de todos, inclusive de outras legendas que não a Rede e o PSB. Ela lembrou que a “luta para eleger o primeiro presidente operário foi de muitos”, citando a eleição de Lula.

A ex-senadora, ao comentar as últimas pesquisas eleitorais que deixam Campos praticamente estagnado, disse que a campanha vai começar quando tiver início o horário eleitoral e que o pleito será vencido “no tablado”.

Durante o evento, alguns candidatos da Rede, que disputarão a eleição de outubro pelo PSB e outros partidos, como o PHS, criticaram a crise hídrica em São Paulo e citaram a violência praticada pela Polícia Militar. Em São Paulo, o PSB apoia a candidatura à reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB), com o presidente estadual da legenda, Márcio França, candidato a vice na chapa do tucano.

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