-Folha de S. Paulo
Divisão no palanque
A decisão do tucano Geraldo Alckmin de subir no palanque de Eduardo Campos (PSB) causou irritação no comitê de Aécio Neves (PSDB). A campanha foi surpreendida com a declaração do governador de que terá "muita alegria" em pedir votos ao lado do pernambucano. "Nós não estávamos contando com isso. Obviamente não é um fato positivo", diz um aliado próximo a Aécio. Sem uma vitória expressiva em São Paulo, o mineiro considera impossível chegar à Presidência.
Tudo nosso Aliados de Alckmin alegam que o crescimento de Campos é essencial para que a eleição vá ao segundo turno. Eles dizem ainda que o pernambucano pode tirar votos de Dilma Rousseff (PT), e não de Aécio.
Front decisivo O PSB também vê São Paulo como o fiel da balança. O partido considera possível vencer Aécio no Nordeste e no Norte, mas não no Sul e no Centro-Oeste. Os votos paulistas seriam determinantes para levar Campos ao segundo turno.
Fazendo contas Para superar o tucano, o candidato do PSB calcula que precisará abrir uma vantagem de 2 milhões de votos sobre ele em São Paulo. O vice na chapa de Alckmin, Márcio França, é do partido de Campos.
Trincheiras Campinas e São José do Rio Preto, as duas maiores cidades paulistas comandadas pelo PSB, são as mais cotadas para receber o governador em eventos da chapa "Edualdo".
Sacristia Após participar de um culto na igreja evangélica Sara Nossa Terra, na quinta-feira à noite, Alckmin revelou um novo plano para o futuro. Católico praticante, quer estudar teologia quando abandonar a vida pública.
Lembrem de mim Um dia depois de a presidente jantar com o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), o candidato tucano se reuniu com peemedebistas engajados na chapa Aezão no Rio.
Corrente Antes do pedido de desculpas do Santander pelo alerta a correntistas sobre os efeitos de uma vitória de Dilma, jornalistas da campanha pregaram na internet o boicote ao banco.
Ajudinha Em 2010, a direção nacional do PT recebeu contribuição de R$ 1 milhão do Santander. O banco espanhol doou mais R$ 800 mil ao PMDB, que apoia Dilma, e R$ 1 milhão ao PSDB.
Qual é a música Ao inaugurar os primeiros comitês domésticos da campanha de Eduardo Campos (PSB) no Acre, Marina Silva apresentou ontem uma novidade: o "trio elétrico portátil".
Em nome da filha A primeira engenhoca, uma caixa de som com rodinhas, foi entregue a seu Pedro, pai da ex-senadora. "Comprei de presente pro meu pai andar na rodoviária...", explicou.
Tô no ar A partir de 4 de agosto, quando o "Jornal Nacional" começa a cobertura dos candidatos, Dilma terá uma agenda de campanha por dia. A ideia é produzir imagens de impacto para TV.
Plim-plim Por sorteio, o principal telejornal da Globo definiu a ordem das entrevistas de 12 minutos em sua bancada: Aécio Neves (11 de agosto), Eduardo Campos (12), Dilma Rousseff (13) e Pastor Everaldo (14).
Lá vem bronca Lula marcou reunião com Fernando Haddad e seus secretários petistas assim que o prefeito de São Paulo voltar das férias.
Rolo Outra dor de cabeça para o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB). O Tribunal de Contas do Município julgou irregulares as contas da Secretaria de Saúde em 2012. Foram identificadas despesas sem prévio empenho.
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Tiroteio
"Aécio tremeu mais que vara verde para explicar o seu aeroporto em Minas. E o tom de voz dele não convenceu ninguém."
DO DEPUTADO VICENTINHO (PT-SP), líder na Câmara, sobre as justificativas do presidenciável tucano para a construção de aeroporto em Cláudio (MG).
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Contraponto
Maluco de carteirinha
Com atitudes excêntricas como pedir picolé no açougue e usar casaco no calor de 40º C, o ex-prefeito Cesar Maia, hoje candidato ao Senado pelo DEM, cultivou a fama de maluco em seu primeiro mandato no Rio.
Em vez de se irritar, ele dizia que a imagem o ajudava.
-Os políticos têm sempre uma alcunha. Dizem que um é bêbado, outro é ladrão, outro é corno, outro é bicha... Pra mim, sobrou maluco -afirmou ao programa "Roda Viva", da TV Cultura, em 1996.
-Francamente, nesse quadro de epítetos, eu estou até com um adjetivo positivo! -ironizou o ex-prefeito.
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