• Para coordenador geral da campanha da pessebista, governo tem comprometido ganhos ao país obtidos recentemente
Juliana Granjeia – O Globo
CAMPINAS - Coordenadores de campanha da candidata à Presidência Marina Silva (PSB) rechaçaram as críticas que o presidente nacional do PT, Rui Falcão, coordenador da campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff, fez ao programa de governo socialista. Walter Feldman, coordenador geral da campanha de Marina Silva, afirmou que o PT deve fazer uma autocrítica antes de apontar aos demais.
- Eu acho que o Rui não leu o programa, não fez nenhum comparativo com a situação atual. A atual política econômica do governo federal tem levado à crise que temos hoje de alta inflação, altos juros e crescimento quase zero. É muito importante que o Rui Falcão, antes de analisar nosso programa, que é um programa de retomada de crescimento, faça uma autocrítica do que eles estão fazendo. O PT está comprometendo os ganhos obtidos recentemente, que estão sofrendo retrocesso. Se há alguém que não tem condições hoje de fazer uma análise critica de qualquer plano econômico é a atual gestão - disse Feldman.
O prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), que também atua na coordenação da campanha de Marina, afirmou que o PT está "desesperado":
- O PT não quer assumir que eles estão desesperados. Os números mostram uma probabilidade de segundo turno muito acirrado. Pela primeira vez teremos um segundo turno realmente disputado. Os ataques estão sendo feitos, palavras estão sendo manipuladas. Por que o PT não apresenta plano de governo? Ao invés de criticar o programa da Marina, eles deveriam apresentar o programa deles. Eles atuam em duas frentes: uma falando que a crítica é política e a outra nas redes sociais fazendo a crítica sórdida, anônima.
Em Campinas para participar de um ato da candidata Marina com a militância, a deputada Luiza Erundina (PSB), também integrante da coordenação da campanha, afirmou que Marina é como massa de pão: "quanto mais bate, mais ela cresce".
Acompanhada de seu marido e de uma de suas filhas, durante seu discurso, Marina voltou a repetir que oferece a outra face aos adversários. Questionada sobre o o erro cometido pelo IBGE na recente divulgação de dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), a candidata disse que não faz com seus adversários o que eles fazem com ela:
- Não sou de fazer pré-julgamentos. Não faço com os meus adversários aquilo que eles têm feito comigo. O que eu posso dizer é que instituições que antes eram respeitadas no atual governo no atual governo estão sendo completamente depreciadas. É o que aconteceu com a Petrobras. A mesma coisa está acontecendo com o IBGE, uma instituição importante para o planejamento, para o desenvolvimento de políticas para o nosso país, que tem pessoas dedicadas, comprometidas, éticas, mas que, infelizmente, por má gestão, está submetida a esse tipo de situação.
Também em Campinas, Marina afirmou que vai aumentar os investimentos do Produto Interno Bruto (PIB) em Ciência e Tecnologia.
- Nós vamos sair dos atuais 1,1% para 2% em quatro anos. Essa é nossa meta - disse a candidata que argumentou que o aumento dos investimentos no setor é fundamental para reverter o cenário de perda de empregos na indústria.
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