• Presidentes dos dois partidos alegam dúvidas sobre governança da sigla
- O Globo
A derrota do distritão na Câmara e as dificuldades de entendimento sobre a divisão de poder sepultaram, pelo menos até depois das eleições municipais do ano que vem, as negociações para a fusão do DEM com o PTB. Os presidentes das duas legendas, o senador José Agripino Maia (DEM-RN) e o deputado Benito Gama (PTB-BA), afirmaram ontem que houve um impasse em relação "à governança" do partido que resultaria da fusão. Os dois negaram que tenham havido problemas quanto à divisão do fundo partidário.
- A questão foi de governança, e ajudou o fato de o distritão ter sido rejeitado na Câmara - disse Gama. - Prefeitos e vereadores estavam pressionando muito para trabalharmos as coligações para a eleição de 2016.
Deputados vão ao STF
Parlamentares das duas legendas afirmam que a decisão, em relação ao fundo, seria de que cada partido ficasse com a parte equivalente ao tamanho de sua bancada. Mas houve problemas no comando de alguns diretórios estaduais e pesou na conta o fato de duas legendas terem comportamentos diferentes. O DEM faz oposição ao governo. O PTB, que apoiou o tucano Aécio Neves no ano passado, está dividido.
- São duas legendas com origem e comportamentos diferentes - disse Agripino.
Ontem um grupo de 61 deputados que questiona a segunda votação da emenda que permite doação de empresas a partidos políticos entrou com mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar suspender a tramitação no Congresso.
A ação sustenta que a votação feriu o "devido processo legislativo" ao colocar em votação proposta derrotada pelo plenário no dia anterior. O mandado de segurança sustenta que a votação feriu incisos do artigo 60 da Constituição Federal, entre eles o que veda apreciação de matéria rejeitada na mesma legislatura. O mandado é assinado por parlamentares do PT, PSB, PROS, PPS, PCdoB e PSOL.
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