Leticia Fernandes – O Globo
• Governador do Rio reafirmou solidariedade à presidente; Cardozo disse considerar parceria do PMDB com o PT ‘insolúvel’
RIO - No mesmo dia em que o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, e o prefeito Eduardo Paes — ambos do PMDB — enviaram uma mensagem por Whatsapp ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, prestando solidariedade pelas denúncias de que teria recebido US$ 5 milhões em propina, Pezão reafirmou apoio a presidente Dilma Rousseff e disse que se o partido “ajudou a eleger, tem que ajudar a governar”.
— Ele tem as razões dele, mas não é todo o PMDB que pensa assim. Eu sou pela governabilidade, só acredito em sentar na mesa para negociar, conversar, só acredito nessa forma de fazer política. Ele (Cunha) tem as razões dele, mas acho que tem que tirar posição em uma convenção. Acho que a gente ajudou a eleger, tem que ajudar a governar. Ninguém consegue nada sozinho. Estou solidário à presidente Dilma — afirmou Pezão nesta quarta-feira, ao lado do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, quando perguntado sobre o que achava do rompimento de Cunha com o governo.
Sobre a relação do PMDB com o governo federal, ainda mais fragilizada depois que Cunha anunciou o rompimento com a gestão petista, o ministro da Justiça disse que considera a parceria do governo do PT com a legenda “insolúvel”, citando os cargos que o partido integra no governo, além do papel de articulação do vice-presidente Michel Temer.
— O PMDB é um partido parceiro desde o governo do presidente Lula, temos vários ministros do PMDB, temos vários governadores que tem nos dado apoio, então não vejo qualquer possibilidade que essa aliança deixe de existir. É natural que as pessoas tenham suas posições individuais, que se manifestem de acordo com aquilo que acreditam, mas o PMDB, enquanto partido político, integra a base governista e tem conosco uma parceria que eu reputo pessoalmente insolúvel.
Cardozo veio ao Rio para ver o funcionamento da Operação Brasil Integrado, que reúne forças de segurança estaduais e federais a reprimir o tráfico de drogas e armas, sonegação fiscal e outros crimes no estado. O ministro aproveitou para reforçar a “parceria histórica” que o governo federal costurou junto ao governo fluminense.
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