• Freire diz que ações do governo geraram perda do grau de investimento
Por: Diário da Região /SP
A proposta de elevação da carga tributária, incluindo o restabelecimento da CPMF, sugerido pelo governo federal na última semana, dificilmente passará pela Câmara dos Deputados. É o que aposta o deputado federal Roberto Freire, presidente nacional do PPS. Conforme o balanço do parlamentar, não se pode descartar ajustes e fazer uma reforma tributária, o ideal seria dar maior racionalidade ao sistema tributário brasileiro.
“Tudo isso é necessário, eu diria até que se impõem para o necessário ajuste fiscal que tem que ser feito. Só que tem que ficar claro também que esse governo não tem mais nenhuma condição de pedir aumento de imposto, de fazer ajustes, e nem tem mais condições de governar, porque já não governa mais”, disse o deputado sem esconder o descontentamento com o desempenho do Palácio do Planalto.
Na visão do deputado, a discussão não deveria ser focada na hipótese de aumentar ou não impostos. Para ele, nesse governo já não tem mais nada a ser feito senão “mandá-lo embora”, exaltou em referência ao movimento no Congresso que pede o impeachment da presidente Dilma Rousseff .
Na entrevista ao Diário da Região, Freire ressaltou a previsão orçamentária para 2016 que veio com déficit de R$ 30,5 bilhões. Ele analisa que o governo não fez os cortes necessários para equilibrá-lo e quando o enviou para o Congresso, gerou uma grande polêmica, levantando a possibilidade de devolver o texto. “Gerou uma crise tão forte que o Brasil teve perda de grau de investimento”, resumiu o deputado.
Para encerrar, ele alega que a equipe de Dilma reage aos acontecimentos de forma equivocada. “É o que se chama de tiro no pé. O Brasil não pode continuar dessa forma. Não sou contra os impostos, mas o ajuste vai ter de ser feito, só que esse governo não tem mais capacidade de fazer coisa alguma”, reforça o líder do PPS.
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