• Empresários e economistas discutem soluções para a crise
Antônio Werneck – O Globo
O agravamento da crise financeira dos estados brasileiros, a situação do Rio e os desdobramentos na segurança pública foram discutidos na tarde de ontem por um grupo peso-pesado de economistas e intelectuais no Instituto de Estudos de Política Econômica da Casa das Garças, na Gávea. Estavam lá nomes como Edmar Bacha, Gustavo Franco, Pedro Malan, Ermínio Fraga, Elena Landau e José Luiz Alquéres. A palestra de ontem, do ministro da Defesa, Raul Jungmann, não foi aberta aos jornalistas.
Jungmann disse que todo o governo tem manifestado preocupação com o estado do Rio e explicou que o presidente Michel Temer tem tratado o assunto com atenção. Mas o ministro garantiu que não há, no momento, nenhuma intenção por parte do governo federal de enviar tropas para ajudar a segurança do Rio, o que vem sendo solicitado, em conversas de bastidores, pelo governo do estado.
— A crise do Rio está sendo tratada no campo fiscal, entre a secretaria de Fazenda do Rio e o Ministério da Fazenda. Nós não temos até o presente momento demandas específicas na área da Defesa — afirmou o ministro.
À seleta plateia, Jungmann — citado na véspera pelo presidente Michel Temer como um dos ministros mais preocupados com a crise financeira do Rio — falou sobre o novo mapa geopolítico da América Latina em tempos de mudança no mundo, especial sobre as consequências da eleição de Donald Trump para o Brasil.
— Não posso dar detalhes, mas, em linhas gerais, expliquei aos participantes o funcionamento do Ministério da Defesa em várias perspectivas, incluindo o resultado da eleição americana — afirmou o ministro, ao deixar o local.
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