Painel | Folha de S. Paulo
Depois da tempestade Com a expectativa de que a primeira denúncia contra Michel Temer tenha um desfecho ainda nesta semana, avançou no Congresso o acordo que prevê a aprovação de PEC que recria a cláusula de barreira e acaba com as coligações proporcionais. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), quer votar a proposta até 30 de agosto. O Senado chancelaria o texto sem fazer alterações. A cláusula de desempenho seria fixada em 1,5% dos votos válidos já para a disputa de 2018.
Asfixia financeira Pelo modelo em discussão, partidos que alcançarem resultados inferiores ao índice de 1,5% ficarão sem recursos do fundo partidário e tempo de propaganda na TV. O fim das coligações proporcionais passaria a valer a partir de 2020.
À mesa As tratativas para acelerar a tramitação da PEC aconteceram em jantar na residência de Maia, em Brasília, na sexta (28), do qual participou o senador Aécio Neves (PSDB-MG). Ele é um dos autores da proposta de emenda constitucional, ao lado de Ricardo Ferraço (PSDB-ES).
O possível A PEC já foi aprovada pelo Senado, mas a Câmara vai alterar o texto para reduzir de 2% para 1,5% a linha de corte da cláusula de barreira. Os deputados devem criar um mecanismo que aumente em 0,5 ponto percentual o sarrafo para acesso ao tempo de TV e fundo partidário nos próximos anos.
O regresso Um político que é figurinha carimbada nos jantares de Brasília reparou que Aécio voltou a atuar com desenvoltura nas reuniões de articulação.
Tô em todas Recolhido desde a explosão da delação da JBS, o senador mineiro esteve na residência de Maia na sexta (28), em jantar com Temer no Palácio do Jaburu no sábado (29) e em almoço com o presidente da Câmara, novamente, neste domingo (30).
Prova real A votação da denúncia contra Temer na Câmara vai pôr fim à guerra de versões sobre o tamanho da divisão na bancada do PSDB na Câmara no que diz respeito à manutenção do apoio ao Planalto. A ala que defende o desembarque diz que 30 dos 47 deputados são a favor da denúncia.
Pago para ver O grupo que prega o apoio ao governo fala em placar apertado, com 23 votos para cada lado.
Menos é mais Autor do relatório contrário à autorização da denúncia sobre Michel Temer, o deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG) está revisando seu parecer, para deixá-lo em versão ainda mais concisa do que a aprovada na CCJ. Não que usar, no plenário, os 25 minutos a que terá direito.
Faroeste caboclo Às vésperas da reunião em que a oposição vai definir se obstrui ou comparece à sessão de votação da denúncia, nesta quarta (2), Orlando Silva (PC do B-SP) defende a ida ao plenário. “É hora de nos apresentarmos para a luta, como ‘João de Santo Cristo’, e votar contra Temer.”
Black bloc Da tropa de choque de Temer, Carlos Marun (PMDB-MS) ironiza os deputados que defendem a obstrução. “Estão agindo como moleques assustados, que marcam local e hora para a briga, mas não aparecem”.
Ato inaugural A senadora Gleisi Hofmann se reúne com Lula nesta segunda (31) para apresentar o projeto “Brasil em Movimento”. Ele será lançado como uma ferramenta para a montagem do programa de governo do PT para 2018, com a participação de filiados e não filiados.
Compartilha Uma plataforma digital será o carro-chefe para a elaboração das propostas. A ideia é estimular a participação da população, que poderá interagir e influenciar o programa petista.
Prévia A executiva nacional do partido viu o projeto em reuniões na quinta (27) e na sexta (28), em Brasília.
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