- O Estado de S.Paulo
Tem o dedo do deputado do DEM a escolha do também fluminense Sergio Zveiter como relator
No coletivo de Rodrigos que cerca Michel Temer, um em especial vai-se mostrando uma incógnita aos olhos dos aliados do presidente: afinal como se move Rodrigo Maia, ao mesmo tempo presidente da Câmara e citado como favorito para assumir a Presidência em caso de uma (até hoje improvável) queda do peemedebista?
A resposta é: com cautela extrema. Até algum tempo aliado incondicional do presidente, ao lado de quem aparecia descontraidamente trajando bermuda em amistosas reuniões no fim de semana, Maia parece colocar ovos nas duas cestas: a da permanência do presidente e a de sua degola.
Tem o dedo do deputado do DEM a escolha de Sergio Zveiter para relatar a denúncia oferecida por Rodrigo Janot contra Temer. Também fluminense, Zveiter é antes um soldado de Maia que um filiado do PMDB. Afinal, ele já serviu aos governos Garotinho e Cabral. Com Maia a amizade é antiga e pessoal.
O Planalto se sente desconfortável com a relatoria de Zveiter, e ele vai dando razões para isso, ao defender, por exemplo, que Janot tenha o direito de falar na CCJ, algo que o presidente da comissão, Rodrigo Pacheco, descarta.
Maia viajou e não assumirá a Presidência na ausência de Temer. Desta maneira se preserva, segundo aliados, para conduzir a complicada votação da denúncia em plenário, cujo rito fez questão de definir em conjunto com a presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia.
Muitos se questionam se Maia abriria mão de uma reeleição a deputado caso veja a chance de assumir a Presidência por um ano. Para um político e um partido que jamais teriam nem o sonho de chegar até lá pelo voto, a resposta de aliados e correligionários é só uma: claro que sim.
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