Poder em jogo/O Globo
Atolado em denúncias de corrupção, o MDB no Rio de Janeiro terá de fazer muito mais que deletar o “P” para repetir o desempenho de 2014 e manter sua bancada na Câmara. Dos dez deputados em exercício, ao menos cinco estão preparando as malas rumo a outros partidos. Devem aproveitar a janela partidária em março, quando será permitida a mudança de legenda sem punição. Outros dois eleitos há três anos — Eduardo Cunha (mais votado) e Celso Jacob — foram para a cadeia. Pedro Paulo aguarda decisão sobre a candidatura de Eduardo Paes ao governo para definir seu futuro.
Caça com gatos
Ante as dificuldades para reeleger quadros, a estratégia do partido é investir em nomes sem mandato na Câmara, mas com bom potencial de votos em seus redutos eleitorais. Entre outros, devem disputar cadeiras no Legislativo o ex-prefeito de Queimados Max Lemos; o presidente da Câmara de Petrópolis, Paulo Igor; e o ex-prefeito de Três Rios Vinicius Farah.
Tic-tac
Sem opções de nome para disputar o governo do estado, o MDB ainda aposta em Eduardo Paes. A conversa com o ex-prefeito do Rio sobre seu futuro eleitoral ficou para o fim deste mês.
Na mira
O ministro Carlos Marun (Secretaria de Governo) atiçou a ira do funcionalismo. O Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), em franca campanha contra a reforma da Previdência, vai denunciá-lo ao Conselho de Ética da Presidência por “chantagens” em troca de votos. Ele ameaça cortar financiamentos da Caixa para governadores que não influenciarem suas bancadas a aprovarem o projeto
Desregulado
O Ministério Público Federal do Rio abriu inquérito para investigar autorização dada pela Agência Nacional de Saúde (ANS) aos planos de saúde para reajuste de até 13,55% no valor cobrado de clientes, entre maio de 2017 e abril de 2018. A apuração começou depois de reclamação sigilosa alegando que o percentual é muito maior que a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que fechou 2016 em 6,29%
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