Por Andrea Jubé | Valor Econômico
BRASÍLIA - O Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) divulgou comunicado nesta segunda-feira informando que, a partir de julho, o Bolsa Família terá um reajuste de 5,67%, que significa um aumento de R$ 10 no valor do benefício médio, que passará de R$ 177,71 para R$ 187,79. Antes o presidente Michel Temer (MDB) afirmou em um vídeo divulgado nas redes sociais que havia autorizado o reajuste, mas não revelou o percentual.
O reajuste, acima da inflação, vem em um momento em que Temer volta a ser pressionado por denúncias de corrupção. Desta vez envolvendo a ele próprio, sua família, e alguns de seus melhores amigos, que chegaram a ser presos pela PF.
Nas últimas semanas, o emedebista encomendou cálculos à equipe econômica para viabilizar o anúncio da "bondade".
De acordo com a nota, o aumento cobre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado de julho de 2016 a março de 2018 (4,01%). A suplementação orçamentária para este ano será de R$ 684 milhões, que terá de ser aprovada em votação no Congresso Nacional.
É o segundo reajuste do benefício desde que Temer assumiu o Planalto: em maio de 2016, após um período sem revisão dos repasses, foi concedido um aumento de 12,5%. O mistério afirmou que o programa cancelou pagamento irregulares e registrou ingresso de novos beneficiários. Hoje o programa transfere recursos a 13,7 milhões de famílias em todos os municípios do Brasil.
Por vídeo, Temer recomendou aos 13,7 milhões de brasileiros desempregados que não percam a "esperança".
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice de desemprego no Brasil atingiu 13,1% no trimestre encerrado em março de 2018, maior nível desde maio do ano passado. Na mesma manifestação, ele também afirma que o novo salário mínimo será o maior da história.
"Enquanto alguns passam o dia criticando, a gente passa o dia trabalhando", diz Temer. Para o emedebista o Dia do Trabalho é de "reflexão, não é um dia de festa".
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