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PSDB e PMDB negociam uma aliança que poderá incluir até o DEM
Se arrependimento matasse, o governador Fernando Pimentel (PT) já estaria morto depois de ter comprado a sugestão de Lula de lançar Dilma Rousseff como candidata a uma vaga no Senado por Minas Gerais.
O PMDB, antes seu aliado, aprovou a abertura de um processo de impeachment contra ele na Assembleia Legislativa. E está em adiantada negociação para compor-se com o PSDB em Minas e fora dali.
O advento da candidatura de Dilma subtraiu ao PMDB uma das vagas reservadas para ele por Pimentel. Daí o impeachment. Daí mais tudo o que está por vir.
Dilma é encrenca pura. Ela não quer a companhia do PMDB que votou a favor de sua deposição. E por ora, pelo menos, não admite disputar uma vaga de deputada porque se eleita, ajudaria a eleger nomes do PMDB.
Aécio Neves a nada será candidato. Não precisará mais de mandato para se proteger da Justiça se o Supremo Tribunal Federal, depois de amanhã, restringir o foro especial para deputados e senadores.
Se isso acontecer, Aécio imagina que sairá no lucro. Processos contra ele irão para a primeira instância da Justiça. E ele, longe dos holofotes nacionais, poderá dar-se bem ali.
O senador Antonio Anastasia, candidato do PSDB à sucessão de Pimentel, tem três vagas a oferecer ao PMDB e a quem mais quiser – a de vice-governador e as duas ao Senado.
O PMDB quer, sim – embora parte dos seus deputados estaduais e federais ainda resista à ideia. O Solidariedade também quer. Até o DEM poderá querer.
Quem mais quer que tudo isso dê certo é Geraldo Alckmin, candidato do PSDB ao lugar do presidente Michel Temer. Sem um palanque forte em Minas, ele dificilmente se elegerá.
A dar certo o que se costura nos bastidores de Minas, restará a Pimentel aliar-se aos partidos de esquerda luladependentes. E empenhar-se para que o processo de impeachment acabe arquivado.
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