Por Renato Rostás | Valor Econômico
SÃO PAULO - A candidata da Rede à Presidência da República, Marina Silva, atacou hoje todos seus adversários durante agenda realizada em Vitória. Ela crê que a “decepção do povo brasileiro” com os resultados da hegemonia nas últimas décadas de PSDB, PT, MDB e DEM será o grande agente para lhe garantir a vitória.
“Eles entregaram o país pior do que encontraram, com mais de 13 milhões de desempregados”, criticou Marina. “Não vou cair no promessômetro nem nas mentiras. É preciso fazer o país voltar a crescer com credibilidade e nem PT nem PSDB são capazes disso.”
Um alvo específico de seu discurso foi a ex-presidente Dilma Rousseff, que sofreu impeachment em 2016. A candidata da Rede afirmou que até o PT quer esconder o governo de Dilma. “É como se tivesse tido o governo do Lula e depois pulado para 2018”, declarou Marina.
Para a presidenciável, Dilma mentiu na campanha de 2014, quando foi reeleita. Naquelas eleições, a propaganda petista foi dura contra Marina, algo que a candidata já repreendeu anteriormente.
“O candidato do PT [Fernando Haddad] vai ter que explicar como o país do pleno emprego agora tem 13 milhões de desempregados”, afirmou Marina a jornalistas na capital do Espírito Santo. “É a mesma estratégia usada pela candidata que mentiu para o povo em 2014, fez promessas mentirosas e agora estamos pagando o preço. Ela estava com Temer e com o centrão e hoje o centrão está com Alckmin [PSDB].”
Durante a entrevista, a candidata da Rede também declarou que Lula “está pagando por crimes e erros que ele e seu partido cometeram”. Marina era do PT e foi ministra do Meio Ambiente de Lula.
“Quem não tem foro privilegiado está pagando. Agora, [o presidente Michel] Temer, [o ministro-chefe da Casa Civil Eliseu] Padilha [MDB], [os senadores] Aécio [Neves, do PSDB], Renan [Calheiros, do MDB] e [Romero] Jucá [MDB]... Esses não pagam.”
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