O Globo
Vídeo com novo ataque às urnas e minuta de
decreto para anular eleição complicam ex-presidente
O ministro da Justiça de Jair Bolsonaro
guardava em casa uma minuta de decreto para golpear a democracia e anular a
eleição presidencial. Anderson Torres é alvo de ordem de prisão desde o último
domingo, mas ainda não se entregou. Está em Orlando, cidade em que o chefe se
refugiou para não passar a faixa.
Pelas redes sociais, o delegado disse que o
rascunho estava numa “pilha de documentos para descarte”. “Tudo seria levado
para ser triturado oportunamente”, tuitou. A explicação é intrigante. Para
melar os resultados da urna eletrônica, Torres estudou um golpe impresso.
Depois resolveu destruir o plano, mas não teve tempo de picotá-lo.
O ex-ministro não é o único a apostar na
credulidade alheia. O governador do Distrito Federal, que entregou o comando da
polícia a um bolsonarista, agora diz que foi vítima de sabotagem. A conversa de
Ibaneis Rocha não convenceu o Supremo. Dos 11 ministros, só dois votaram contra
seu afastamento do cargo. Coincidentemente, os dois que foram nomeados por
Bolsonaro.
O capitão também deixou as digitais na tentativa de golpe promovida por seus seguidores. Enquanto esteve no poder, ele aviltou a democracia, mentiu sobre o sistema eleitoral e incitou o ódio contra os tribunais superiores. Seu discurso mobilizou os bárbaros que vandalizaram e destruíram patrimônio público em Brasília.
Como se não bastasse tudo o que já havia
dito, Bolsonaro ainda fez questão de passar recibo. Nesta terça, dois dias
depois do quebra-quebra, ele voltou a questionar o resultado da eleição e
compartilhou um vídeo com mentiras sobre as urnas. Na gravação, um homem diz
que Lula “não foi eleito pelo povo”: teria sido “escolhido” por ministros do
Supremo.
Oito dezenas de procuradores traduziram a
postagem como incitação ao crime. “Uma forma grave de incitação, dirigida a
todos seus apoiadores, a crimes de dano, de tentativa de homicídio, e de
tentativa violenta de abolição do Estado de Direito”, escreveram, em representação
entregue a Augusto Aras.
Rascunhar golpes à mão pode parecer
insólito, mas não é novidade no universo bolsonarista. Em 1987, a revista Veja
revelou que o capitão havia desenhado um plano para explodir bombas em quartéis
do Rio. Um laudo da PF confirmou que ele era o autor do croqui, mas o Superior
Tribunal Militar preferiu absolvê-lo da primeira acusação de terrorismo. Ali
começava sua longa marcha até o Planalto.
3 comentários:
O GENOCIDA foi terrorista muito antes de ser genocida! Enquanto ainda no Exército, já havia aprendido a explodir bombas CRIMINOSAMENTE e tentou fazer isto. Muitos crimes depois, com uma presidência no meio, vemos o canalha novamente se associando ao TERRORISMO e a terroristas! Jair Bolsonaro, UMA VIDA DE CRIMES!
Um terrorista fuleiro queria explodir bombas nos banheiros de seus colegas.
Misericórdia,rezando já tá difícil,que dirá explodindo bomba,rs.
Postar um comentário