Eugênia Lopes, BRASÍLIA
DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Manter aliança com o PSDB é esperança para reverter fraco desempenho nas eleições
O PPS vai apostar todas as suas fichas na candidatura do governador José Serra (PSDB) à Presidência, em 2010, para voltar a crescer. É com essa perspectiva que espera reverter o quadro das eleições municipais, quando elegeu 57,1% menos prefeitos do que em 2004. Mesmo diante desse desempenho, a cúpula do partido descarta a curto prazo a hipótese de fusão ou incorporação a outra sigla.
“Fusão ou incorporação é uma possibilidade que tem relação com uma eventual reforma política que impossibilite a nossa sobrevivência”, disse o líder do PPS na Câmara, Fernando Coruja (SC). Ao garantir que não está nos planos a associação a nenhuma outra legenda, o presidente do PPS, Roberto Freire, observou que o partido sofreu defecções desde que deixou de apoiar o governo Lula, em dezembro 2004. Dos 310 prefeitos eleitos há quatro anos, apenas 84 permanecem no PPS até agora.
“Por isso digo que tivemos um crescimento de 54%: pulamos de pouco mais de 80 prefeitos para 132 agora eleitos”, explicou Freire, referindo-se ao resultado das urnas deste ano. “O PPS não está minguando. Mas também não vou dizer que tivemos grande vitória.” Nenhuma das 132 cidades conquistadas pelo partido tem mais de 200 mil eleitores.
Tanto Freire quanto o secretário-geral do partido, Rubens Bueno, alegam que o PPS foi a legenda que mais perdeu políticos ao romper com o governo. Dois governadores deixaram a sigla - Eduardo Braga, do Amazonas, e Blairo Maggi, de Mato Grosso. O partido também começou a minguar com a saída do hoje deputado Ciro Gomes (PSB-CE), além do prefeito reeleito de Porto Alegre, José Fogaça, que foi para o PMDB. Em 1998 e 2002, Ciro foi candidato à Presidência pelo PPS. Com sua derrota, o partido passou a apoiar Luiz Inácio Lula da Silva, mas deixou o governo em 2004.
“Pagamos um preço por romper com o governo Lula”, observou Bueno. “Toda oposição sofre sempre. Todos os governos se transformam em majoritários”, ponderou Freire. As perdas do PPS vêm ocorrendo ao longo dos últimos anos e não se restringem às prefeituras: em 2006, o partido elegeu 24 deputados e hoje conta com apenas 14.
Criado em 1993, o PPS está decidido a manter a aliança com o PSDB e o DEM. “A eleição agora é 2010 e o caminho natural é mantermos o bloco com o PSDB e o DEM”, resumiu Bueno. “Nosso projeto político é apoiar a candidatura do governador José Serra. Essa é uma possibilidade concreta para o PPS voltar a crescer”, ressaltou Coruja.
DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Manter aliança com o PSDB é esperança para reverter fraco desempenho nas eleições
O PPS vai apostar todas as suas fichas na candidatura do governador José Serra (PSDB) à Presidência, em 2010, para voltar a crescer. É com essa perspectiva que espera reverter o quadro das eleições municipais, quando elegeu 57,1% menos prefeitos do que em 2004. Mesmo diante desse desempenho, a cúpula do partido descarta a curto prazo a hipótese de fusão ou incorporação a outra sigla.
“Fusão ou incorporação é uma possibilidade que tem relação com uma eventual reforma política que impossibilite a nossa sobrevivência”, disse o líder do PPS na Câmara, Fernando Coruja (SC). Ao garantir que não está nos planos a associação a nenhuma outra legenda, o presidente do PPS, Roberto Freire, observou que o partido sofreu defecções desde que deixou de apoiar o governo Lula, em dezembro 2004. Dos 310 prefeitos eleitos há quatro anos, apenas 84 permanecem no PPS até agora.
“Por isso digo que tivemos um crescimento de 54%: pulamos de pouco mais de 80 prefeitos para 132 agora eleitos”, explicou Freire, referindo-se ao resultado das urnas deste ano. “O PPS não está minguando. Mas também não vou dizer que tivemos grande vitória.” Nenhuma das 132 cidades conquistadas pelo partido tem mais de 200 mil eleitores.
Tanto Freire quanto o secretário-geral do partido, Rubens Bueno, alegam que o PPS foi a legenda que mais perdeu políticos ao romper com o governo. Dois governadores deixaram a sigla - Eduardo Braga, do Amazonas, e Blairo Maggi, de Mato Grosso. O partido também começou a minguar com a saída do hoje deputado Ciro Gomes (PSB-CE), além do prefeito reeleito de Porto Alegre, José Fogaça, que foi para o PMDB. Em 1998 e 2002, Ciro foi candidato à Presidência pelo PPS. Com sua derrota, o partido passou a apoiar Luiz Inácio Lula da Silva, mas deixou o governo em 2004.
“Pagamos um preço por romper com o governo Lula”, observou Bueno. “Toda oposição sofre sempre. Todos os governos se transformam em majoritários”, ponderou Freire. As perdas do PPS vêm ocorrendo ao longo dos últimos anos e não se restringem às prefeituras: em 2006, o partido elegeu 24 deputados e hoje conta com apenas 14.
Criado em 1993, o PPS está decidido a manter a aliança com o PSDB e o DEM. “A eleição agora é 2010 e o caminho natural é mantermos o bloco com o PSDB e o DEM”, resumiu Bueno. “Nosso projeto político é apoiar a candidatura do governador José Serra. Essa é uma possibilidade concreta para o PPS voltar a crescer”, ressaltou Coruja.
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