Rodrigo Vizeu
DEU EM O GLOBO
Ex-presidente diz a jornal espanhol que Serra hoje tem vantagem sobre Aécio no partido
BRASÍLIA. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso diz estar confiante de que seu partido, o PSDB, voltará ao comando do país a partir de 2011. Em entrevista publicada ontem no jornal espanhol "El País", ele disse que "o mais provável" é que um candidato do PSDB seja eleito sucessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2010. E que o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), larga em vantagem porque lidera as pesquisas, seguido do também tucano Aécio Neves, governador de Minas Gerais.
- O mais provável é que ganhe um candidato do PSDB, do meu partido. As pesquisas dão uma clara vantagem ao governador de São Paulo, e, em segundo lugar, ao governador de Minas Gerais.
Ao avaliar o revezamento dos partidos no poder, o tucano disse que o peso das instituições tem evitado mudanças drásticas nas trocas de governo no país. Segundo ele, assim como não teria havido grande mudança macroeconômica após Lula sucedê-lo, o mesmo não ocorrerá na próxima troca de presidentes. Ele condenou, porém, o que chamou de crescimento do clientelismo no atual governo. Mas evitou críticas ao carro-chefe de Lula na área social, o Bolsa Família:
- Talvez seja necessário corrigir o clientelismo, que cresceu durante os oito anos do governo Lula. Mas não se vai mudar a política social, que começou inclusive antes de mim. O Brasil chegou a um ponto de maturidade em que as mudanças não produzem quebras - disse.
O ex-presidente concordou com a avaliação de que o Brasil está melhor hoje do que quando ele deixou o poder, mas ressaltou que isso "é natural", uma vez que Lula viveu "uma conjuntura econômica positiva de 2003 em diante" e teve "a sabedoria de não mudar". Para Fernando Henrique, o desenvolvimento do país é fruto de um processo cumulativo:
- O país progride há muito tempo, e o progresso é cumulativo. De igual modo que o próximo presidente melhorará mais, porque se beneficiará do que eu fiz e do que fez Lula.
Fernando Henrique descartou influência de líderes como Hugo Chávez e Evo Morales no governo brasileiro. O ex-presidente disse que no PT há gente que compartilha as visões do venezuelano e do boliviano, mas o mesmo não ocorreria dentro do governo:
- O Brasil é muito grande, muito complexo, não é provável que os brasileiros venham a aderir ao modelo de Chávez. Lula tem retórica populista, é popular, mas seu governo não.
DEU EM O GLOBO
Ex-presidente diz a jornal espanhol que Serra hoje tem vantagem sobre Aécio no partido
BRASÍLIA. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso diz estar confiante de que seu partido, o PSDB, voltará ao comando do país a partir de 2011. Em entrevista publicada ontem no jornal espanhol "El País", ele disse que "o mais provável" é que um candidato do PSDB seja eleito sucessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2010. E que o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), larga em vantagem porque lidera as pesquisas, seguido do também tucano Aécio Neves, governador de Minas Gerais.
- O mais provável é que ganhe um candidato do PSDB, do meu partido. As pesquisas dão uma clara vantagem ao governador de São Paulo, e, em segundo lugar, ao governador de Minas Gerais.
Ao avaliar o revezamento dos partidos no poder, o tucano disse que o peso das instituições tem evitado mudanças drásticas nas trocas de governo no país. Segundo ele, assim como não teria havido grande mudança macroeconômica após Lula sucedê-lo, o mesmo não ocorrerá na próxima troca de presidentes. Ele condenou, porém, o que chamou de crescimento do clientelismo no atual governo. Mas evitou críticas ao carro-chefe de Lula na área social, o Bolsa Família:
- Talvez seja necessário corrigir o clientelismo, que cresceu durante os oito anos do governo Lula. Mas não se vai mudar a política social, que começou inclusive antes de mim. O Brasil chegou a um ponto de maturidade em que as mudanças não produzem quebras - disse.
O ex-presidente concordou com a avaliação de que o Brasil está melhor hoje do que quando ele deixou o poder, mas ressaltou que isso "é natural", uma vez que Lula viveu "uma conjuntura econômica positiva de 2003 em diante" e teve "a sabedoria de não mudar". Para Fernando Henrique, o desenvolvimento do país é fruto de um processo cumulativo:
- O país progride há muito tempo, e o progresso é cumulativo. De igual modo que o próximo presidente melhorará mais, porque se beneficiará do que eu fiz e do que fez Lula.
Fernando Henrique descartou influência de líderes como Hugo Chávez e Evo Morales no governo brasileiro. O ex-presidente disse que no PT há gente que compartilha as visões do venezuelano e do boliviano, mas o mesmo não ocorreria dentro do governo:
- O Brasil é muito grande, muito complexo, não é provável que os brasileiros venham a aderir ao modelo de Chávez. Lula tem retórica populista, é popular, mas seu governo não.
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