Jamil Chade
DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
O governo viveu um verdadeiro constrangimento ontem na ONU ao tentar defender seus programas sociais, enquanto o Brasil era acusado de ser um "país da impunidade". Os peritos da entidade criticaram a corrupção, a falta de acesso da população à Justiça e ainda denunciaram a construção de muros separando as favelas no Rio dos demais bairros.
"Estão fazendo muros entre favelas e bairros ricos. O que está sendo feito contra esses projetos?", questionou o perito da ONU Alvaro Tirado Mejiam, perante a delegação brasileira, durante sabatina para avaliar os programas sociais no País. Para Mejiam, com a construção de um muro em favelas no Rio, o Brasil está iniciando uma "discriminação geográfica".
No total, 11 favelas devem ser cercadas por muros no Rio até o fim do ano. A primeira delas seria a Dona Marta, supostamente com o objetivo de frear sua expansão.
A pergunta gerou desconforto na delegação e o ministro de Direitos Humanos, Paulo Vannucchi, prometeu que traria para hoje uma resposta sobre a iniciativa do governo Sérgio Cabral.
Vannucchi reconheceu que o muro "não é uma boa ideia" e que representa uma limitação aos direitos humanos da população mais pobre. Mas foi cauteloso. "O Brasil não constrói muros em favelas. Não conheço os detalhes. Não sei se está em um terreno público ou privado."
Ele admitiu ter ficado surpreso com o questionamento durante a sabatina, além de perceber que a questão gerava uma atenção internacional além do que o governo previa. "Estamos mais preocupados com a questão de segurança pública", disse.
Mesmo assim, Vannucchi rejeitou a atribuição de excessiva importância ao muro, como se fosse equivalente ao que divide a fronteira entre EUA e México, ou ao que separa israelenses e palestinos. "Não é a criação de um muro emblemático, como o Muro de Berlim", argumentou.
A ONU promove a sabatina com o Brasil para avaliar os direitos sociais no País. O exercício acabou se tornando um exame do próprio governo de Luiz Inácio Lula da Silva na área que o Planalto mais focou sua atenção: a área social. O governo, que enviou representantes de 13 ministérios a Genebra, hoje terá de dar uma resposta para as questões e críticas.
DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
O governo viveu um verdadeiro constrangimento ontem na ONU ao tentar defender seus programas sociais, enquanto o Brasil era acusado de ser um "país da impunidade". Os peritos da entidade criticaram a corrupção, a falta de acesso da população à Justiça e ainda denunciaram a construção de muros separando as favelas no Rio dos demais bairros.
"Estão fazendo muros entre favelas e bairros ricos. O que está sendo feito contra esses projetos?", questionou o perito da ONU Alvaro Tirado Mejiam, perante a delegação brasileira, durante sabatina para avaliar os programas sociais no País. Para Mejiam, com a construção de um muro em favelas no Rio, o Brasil está iniciando uma "discriminação geográfica".
No total, 11 favelas devem ser cercadas por muros no Rio até o fim do ano. A primeira delas seria a Dona Marta, supostamente com o objetivo de frear sua expansão.
A pergunta gerou desconforto na delegação e o ministro de Direitos Humanos, Paulo Vannucchi, prometeu que traria para hoje uma resposta sobre a iniciativa do governo Sérgio Cabral.
Vannucchi reconheceu que o muro "não é uma boa ideia" e que representa uma limitação aos direitos humanos da população mais pobre. Mas foi cauteloso. "O Brasil não constrói muros em favelas. Não conheço os detalhes. Não sei se está em um terreno público ou privado."
Ele admitiu ter ficado surpreso com o questionamento durante a sabatina, além de perceber que a questão gerava uma atenção internacional além do que o governo previa. "Estamos mais preocupados com a questão de segurança pública", disse.
Mesmo assim, Vannucchi rejeitou a atribuição de excessiva importância ao muro, como se fosse equivalente ao que divide a fronteira entre EUA e México, ou ao que separa israelenses e palestinos. "Não é a criação de um muro emblemático, como o Muro de Berlim", argumentou.
A ONU promove a sabatina com o Brasil para avaliar os direitos sociais no País. O exercício acabou se tornando um exame do próprio governo de Luiz Inácio Lula da Silva na área que o Planalto mais focou sua atenção: a área social. O governo, que enviou representantes de 13 ministérios a Genebra, hoje terá de dar uma resposta para as questões e críticas.
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