DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Leandro Colon, BRASÍLIA
Suspeito de cobrar propina no governo do Distrito Federal, o PPS optou por desqualificar o governo de José Roberto Arruda (DEM) e Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais. O partido evitou responder ao conteúdo do vídeo - revelado ontem pelo Estado - em que uma empresária acusa a cúpula da sigla de chantagear e pedir propina para manter um contrato de R$ 19 milhões com a Secretaria de Saúde, comandada pela legenda por meio do deputado federal Augusto Carvalho.
De acordo com a gravação, a empresária Nerci Bussamra, diretora da Uni Repro Serviços Tecnológicos Ltda, diz a Barbosa que o dinheiro seria enviado a São Paulo para ajudar o presidente do PPS, ex-deputado Roberto Freire.
Ontem, o dirigente partidário divulgou uma nota, em que acusa Barbosa e a empresária. "O bandido grava a si mesmo em conversa com a empresária e acredita que isso vá virar verdade? Um jogral de bandidos cita meu nome com a expectativa de produzir evidência? Repilo", disse.
No diálogo, Nerci diz que Fernando Antunes, subsecretário de Saúde e presidente do PPS-DF, foi quem fez uma auditoria nos contratos para achacar a empresa e pedir propina para ajudar a sigla.
"Na última conversa que eu tive com ele, ele pediu dinheiro para o partido dele, né, para ajudar o Freire em São Paulo e eu não disse não pra ele", disse.
"REPRESÁLIAS"
Carvalho, que pediu demissão do cargo de secretário, divulgou nota ontem em que não faz menção ao conteúdo do vídeo. Ele apenas negou ligação com propinas e o "mensalão do DEM" no Distrito Federal.
"As acusações infundadas são nada mais que represálias às ações tomadas durante a minha gestão na Secretaria de Saúde", disse Carvalho. "É ação criminosa de quem, não tendo seus pleitos atendidos, buscou delação premiada, como se ele mesmo não tivesse totalmente envolvido com os ilícitos. É bom lembrar que pesam contra o delator 37 processos", afirmou.
Além do vídeo revelado ontem pela reportagem, a investigação da Polícia Federal, apelidada de Caixa de Pandora, inclui gravações em que José Roberto Arruda e Durval Barbosa - demitido na sexta-feira passada, após a revelação de que colaborou com a polícia - criticam a ação do PPS de montar um esquema de desvio de recursos.
Para o delator, o partido estaria atrapalhando os planos do DEM de arrecadação de recursos.
Leandro Colon, BRASÍLIA
Suspeito de cobrar propina no governo do Distrito Federal, o PPS optou por desqualificar o governo de José Roberto Arruda (DEM) e Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais. O partido evitou responder ao conteúdo do vídeo - revelado ontem pelo Estado - em que uma empresária acusa a cúpula da sigla de chantagear e pedir propina para manter um contrato de R$ 19 milhões com a Secretaria de Saúde, comandada pela legenda por meio do deputado federal Augusto Carvalho.
De acordo com a gravação, a empresária Nerci Bussamra, diretora da Uni Repro Serviços Tecnológicos Ltda, diz a Barbosa que o dinheiro seria enviado a São Paulo para ajudar o presidente do PPS, ex-deputado Roberto Freire.
Ontem, o dirigente partidário divulgou uma nota, em que acusa Barbosa e a empresária. "O bandido grava a si mesmo em conversa com a empresária e acredita que isso vá virar verdade? Um jogral de bandidos cita meu nome com a expectativa de produzir evidência? Repilo", disse.
No diálogo, Nerci diz que Fernando Antunes, subsecretário de Saúde e presidente do PPS-DF, foi quem fez uma auditoria nos contratos para achacar a empresa e pedir propina para ajudar a sigla.
"Na última conversa que eu tive com ele, ele pediu dinheiro para o partido dele, né, para ajudar o Freire em São Paulo e eu não disse não pra ele", disse.
"REPRESÁLIAS"
Carvalho, que pediu demissão do cargo de secretário, divulgou nota ontem em que não faz menção ao conteúdo do vídeo. Ele apenas negou ligação com propinas e o "mensalão do DEM" no Distrito Federal.
"As acusações infundadas são nada mais que represálias às ações tomadas durante a minha gestão na Secretaria de Saúde", disse Carvalho. "É ação criminosa de quem, não tendo seus pleitos atendidos, buscou delação premiada, como se ele mesmo não tivesse totalmente envolvido com os ilícitos. É bom lembrar que pesam contra o delator 37 processos", afirmou.
Além do vídeo revelado ontem pela reportagem, a investigação da Polícia Federal, apelidada de Caixa de Pandora, inclui gravações em que José Roberto Arruda e Durval Barbosa - demitido na sexta-feira passada, após a revelação de que colaborou com a polícia - criticam a ação do PPS de montar um esquema de desvio de recursos.
Para o delator, o partido estaria atrapalhando os planos do DEM de arrecadação de recursos.
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