DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Governo e oposição terão de negociar para conseguir aprovar novas leis
Ruth Costas, enviada especial a Santiago
O vencedor das eleições presidenciais no Chile em janeiro, seja ele qual for, terá de negociar para conseguir aprovar leis e projetos no Congresso. Nas eleições de domingo, a Aliança pela Mudança, de direita, conseguiu a maioria no Câmara dos Deputados. No Senado, porém, quem ficou com a maior parte das cadeiras foi a Concertação.
"O cenário ainda não está muito claro, mas ao que parece os dois grupos terão de fazer alianças", disse ao Estado o analista Carlos Huneeus, do Centro de Estudos da Realidade Contemporânea. "Com os três votos do Partido Comunista, a Concertação de fato poderia ter maioria na Câmara, mas provavelmente ao voltar ao Legislativo após 36 anos de afastamento, os comunistas tentarão marcar uma distância entre seu projeto e o da esquerda da coalizão oficial", completa o comentarista político Tomás Mosciatti, da CNN Chile.
No total, a Concertação obteve 57 das 120 cadeiras da Câmara dos Deputados e a direita, 58. Os outros assentos ficaram com independentes. "Foi um golpe importante para a Concertação", diz Mosciatti, em referência ao fato de que, em 2006, os governistas ficaram com 65 cadeiras. Já no Senado, a Concertação e a direita dividiram pela metade os 18 assentos que estavam em jogo. Mas a coalizão oficial agora terá 19 das 38 cadeiras e a Aliança pela Mudança, 17.
A grande novidade é a volta do Partido Comunista. "Havia muita resistência à legenda porque eles aderiram à luta armada", disse o historiador Miguel Villarroel, da Universidade do Chile. "O interessante dessa eleição foi justamente a diversidade de tendências do eleitorado - o mesmo Chile deu força a um independente, Marco Enríquez-Ominami, permitiu a volta da direita e colocou os comunistas no Legislativo."
Governo e oposição terão de negociar para conseguir aprovar novas leis
Ruth Costas, enviada especial a Santiago
O vencedor das eleições presidenciais no Chile em janeiro, seja ele qual for, terá de negociar para conseguir aprovar leis e projetos no Congresso. Nas eleições de domingo, a Aliança pela Mudança, de direita, conseguiu a maioria no Câmara dos Deputados. No Senado, porém, quem ficou com a maior parte das cadeiras foi a Concertação.
"O cenário ainda não está muito claro, mas ao que parece os dois grupos terão de fazer alianças", disse ao Estado o analista Carlos Huneeus, do Centro de Estudos da Realidade Contemporânea. "Com os três votos do Partido Comunista, a Concertação de fato poderia ter maioria na Câmara, mas provavelmente ao voltar ao Legislativo após 36 anos de afastamento, os comunistas tentarão marcar uma distância entre seu projeto e o da esquerda da coalizão oficial", completa o comentarista político Tomás Mosciatti, da CNN Chile.
No total, a Concertação obteve 57 das 120 cadeiras da Câmara dos Deputados e a direita, 58. Os outros assentos ficaram com independentes. "Foi um golpe importante para a Concertação", diz Mosciatti, em referência ao fato de que, em 2006, os governistas ficaram com 65 cadeiras. Já no Senado, a Concertação e a direita dividiram pela metade os 18 assentos que estavam em jogo. Mas a coalizão oficial agora terá 19 das 38 cadeiras e a Aliança pela Mudança, 17.
A grande novidade é a volta do Partido Comunista. "Havia muita resistência à legenda porque eles aderiram à luta armada", disse o historiador Miguel Villarroel, da Universidade do Chile. "O interessante dessa eleição foi justamente a diversidade de tendências do eleitorado - o mesmo Chile deu força a um independente, Marco Enríquez-Ominami, permitiu a volta da direita e colocou os comunistas no Legislativo."
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