DEU EM O GLOBO
Deputado articula com tucanos palanque para Serra, mas afirma que decisão final será de Marina
Cássio Bruno
Depois de rejeitar a hipótese de subir em dois palanques de candidatos à Presidência no estado — o do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), e o da senadora Marina Silva (PV-AC) —, o deputado federal Fernando Gabeira (PV) voltou ontem a cogitar a possibilidade de concorrer em outubro com o atual governador Sérgio Cabral (PMDB), que tentará a reeleição, e com o ex-governador Anthony Garotinho (PR), ambos da base aliada da chefe da Casa Civil, ministra Dilma Rousseff (PT). O processo de convencimento ocorreu após conversas com PSDB e PPS no fim de semana.
Gabeira, agora, aguarda apenas uma decisão de Marina para oficializar o acordo com a coligação, composta também pelo DEM.
— O clima no PSDB e no PPS é o seguinte: não tem outra alternativa (de oposição a Cabral) a não ser a minha candidatura.
As chances são grandes.
Eu teria de cinco a seis minutos de propaganda. Por ironia, só dependo do PV e da Marina — disse Gabeira.
No encontro da cúpula do PSDB realizado anteontem em São Paulo, o presidente nacional do partido, Sérgio Guerra, afirmara que, em sua avaliação, as situações mais complicadas estariam no Rio de Janeiro, Ceará e no Amazonas. Integrantes do PV fluminense e de partidos da coligação já falam na précandidatura de Gabeira ao governo do estado.
— Existe a possibilidade.
Ele é o nome do PV. Mas o processo demanda negociação e decisão da Marina. Pode ser que a coisa evolua. Vamos aguardar — afirmou o presidente do diretório regional do PV, vereador Alfredo Sirkis, que chegou a lançar sua précandidatura ao governo. — Foi apenas um freio de arrumação.
Uma formação defensiva.
A situação era confusa. Fiz isso para o Gabeira não ficar exposto — justificou Sirkis.
“Era a única solução que tínhamos”, diz Rodrigo Maia A vereadora Aspásia Camargo (PV) seguiu o mesmo tom: — Gabeira é nosso candidato natural. Agora, temos um quadro significativo de oposição.
Procurada, Marina Silva não retornou as ligações.
O presidente nacional do DEM, deputado federal Rodrigo Maia, comemorou: — Será uma aliança vitoriosa.
Era a única solução que tínhamos: Gabeira e (o ex-prefeito) Cesar Maia (pré-candidato ao Senado) num mesmo palanque. São perfis de votos diferentes, que vão se somar.
Por e-mail, Cesar Maia também mostrou-se otimista: — Marina vai crescer muito no Rio. E no segundo turno teremos o Gabeira em sinergia com o Serra.
O presidente do diretório regional do PSDB, Luiz Paulo Corrêa da Rocha, pediu cautela: — É um momento embrionário.
Ainda é cedo.
O vaivém de Gabeira começou quando ele descartou seu nome ao governo para não ser obrigado a subir nos palanques de Marina e Serra ao mesmo tempo. Em agosto do ano passado, o deputado declarou: — Não sabemos como é que fica, é a engenharia mais difícil até agora: Dona Flor e seus dois maridos.
A partir daí, Gabeira voltou suas atenções para o Senado.
Mas também abriu mão ao saber que teria pouco tempo de propaganda no rádio e na televisão.
Deputado articula com tucanos palanque para Serra, mas afirma que decisão final será de Marina
Cássio Bruno
Depois de rejeitar a hipótese de subir em dois palanques de candidatos à Presidência no estado — o do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), e o da senadora Marina Silva (PV-AC) —, o deputado federal Fernando Gabeira (PV) voltou ontem a cogitar a possibilidade de concorrer em outubro com o atual governador Sérgio Cabral (PMDB), que tentará a reeleição, e com o ex-governador Anthony Garotinho (PR), ambos da base aliada da chefe da Casa Civil, ministra Dilma Rousseff (PT). O processo de convencimento ocorreu após conversas com PSDB e PPS no fim de semana.
Gabeira, agora, aguarda apenas uma decisão de Marina para oficializar o acordo com a coligação, composta também pelo DEM.
— O clima no PSDB e no PPS é o seguinte: não tem outra alternativa (de oposição a Cabral) a não ser a minha candidatura.
As chances são grandes.
Eu teria de cinco a seis minutos de propaganda. Por ironia, só dependo do PV e da Marina — disse Gabeira.
No encontro da cúpula do PSDB realizado anteontem em São Paulo, o presidente nacional do partido, Sérgio Guerra, afirmara que, em sua avaliação, as situações mais complicadas estariam no Rio de Janeiro, Ceará e no Amazonas. Integrantes do PV fluminense e de partidos da coligação já falam na précandidatura de Gabeira ao governo do estado.
— Existe a possibilidade.
Ele é o nome do PV. Mas o processo demanda negociação e decisão da Marina. Pode ser que a coisa evolua. Vamos aguardar — afirmou o presidente do diretório regional do PV, vereador Alfredo Sirkis, que chegou a lançar sua précandidatura ao governo. — Foi apenas um freio de arrumação.
Uma formação defensiva.
A situação era confusa. Fiz isso para o Gabeira não ficar exposto — justificou Sirkis.
“Era a única solução que tínhamos”, diz Rodrigo Maia A vereadora Aspásia Camargo (PV) seguiu o mesmo tom: — Gabeira é nosso candidato natural. Agora, temos um quadro significativo de oposição.
Procurada, Marina Silva não retornou as ligações.
O presidente nacional do DEM, deputado federal Rodrigo Maia, comemorou: — Será uma aliança vitoriosa.
Era a única solução que tínhamos: Gabeira e (o ex-prefeito) Cesar Maia (pré-candidato ao Senado) num mesmo palanque. São perfis de votos diferentes, que vão se somar.
Por e-mail, Cesar Maia também mostrou-se otimista: — Marina vai crescer muito no Rio. E no segundo turno teremos o Gabeira em sinergia com o Serra.
O presidente do diretório regional do PSDB, Luiz Paulo Corrêa da Rocha, pediu cautela: — É um momento embrionário.
Ainda é cedo.
O vaivém de Gabeira começou quando ele descartou seu nome ao governo para não ser obrigado a subir nos palanques de Marina e Serra ao mesmo tempo. Em agosto do ano passado, o deputado declarou: — Não sabemos como é que fica, é a engenharia mais difícil até agora: Dona Flor e seus dois maridos.
A partir daí, Gabeira voltou suas atenções para o Senado.
Mas também abriu mão ao saber que teria pouco tempo de propaganda no rádio e na televisão.
Por fim, admitiu até concorrer novamente à Câmara.
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