DEU NA FOLHA DE S. PAULO
Diga-se o que quiser de Gilmar Mendes, mas uma coisa é certa: ele não passou em branco pelas presidências do Supremo e do Conselho Nacional de Justiça. Ao contrário, jogou a Justiça no centro do debate nacional. Bateu, levou e acha que valeu a pena.
Um dos focos da sua gestão foi justamente puxar para voto -e, pois, para o debate- questões difíceis e que geram confronto de paixões, como a reserva Raposa/Serra do Sol, as células-tronco e a extradição de Cesare Battisti. Apesar de dividido, o STF enfrentou pressões e o fogo cruzado entre índios e arrozeiros, cientistas e a Igreja Católica, parte do governo brasileiro e os Poderes da Itália. E decidiu.
De Gilmar para Cezar Peluso, que assume hoje a presidência, não se esperem solavancos, nem mesmo grandes recuos. Gilmar é um ministro "para fora": fala, questiona, se expõe, compra brigas. Peluso é considerado "para dentro": estuda, reflete, cala, compõe.
A mudança de estilos, porém, não projeta o fim da divisão interna nem dos ganhos de transparência já acumulados. E a pauta continua quente. Peluso já assume com temas como a intervenção federal do DF, o reconhecimento legal da união gay e a exclusão de torturadores da Lei da Anistia.
Se houver mudança perceptível a olho nu, certamente não será no Supremo, mas no CNJ, onde Gilmar foi especialmente atuante -até como forma, inconsciente ou não, de compensar a polêmica de suas posições na operação Satiagraha (do empresário Daniel Dantas).
Gilmar foi para a linha de frente para melhorar a prática da Justiça e aliviar as prisões dos ilegalmente presos. O mais provável é que Peluso prefira ficar atrás das trincheiras. Ou melhor, no plenário, com seus livros e seu saber jurídico.
****
Ciro Gomes perdeu o PSB, a candidatura à Presidência, a vaga na Câmara, o domicílio eleitoral no Ceará. Ficou falando sozinho.
Diga-se o que quiser de Gilmar Mendes, mas uma coisa é certa: ele não passou em branco pelas presidências do Supremo e do Conselho Nacional de Justiça. Ao contrário, jogou a Justiça no centro do debate nacional. Bateu, levou e acha que valeu a pena.
Um dos focos da sua gestão foi justamente puxar para voto -e, pois, para o debate- questões difíceis e que geram confronto de paixões, como a reserva Raposa/Serra do Sol, as células-tronco e a extradição de Cesare Battisti. Apesar de dividido, o STF enfrentou pressões e o fogo cruzado entre índios e arrozeiros, cientistas e a Igreja Católica, parte do governo brasileiro e os Poderes da Itália. E decidiu.
De Gilmar para Cezar Peluso, que assume hoje a presidência, não se esperem solavancos, nem mesmo grandes recuos. Gilmar é um ministro "para fora": fala, questiona, se expõe, compra brigas. Peluso é considerado "para dentro": estuda, reflete, cala, compõe.
A mudança de estilos, porém, não projeta o fim da divisão interna nem dos ganhos de transparência já acumulados. E a pauta continua quente. Peluso já assume com temas como a intervenção federal do DF, o reconhecimento legal da união gay e a exclusão de torturadores da Lei da Anistia.
Se houver mudança perceptível a olho nu, certamente não será no Supremo, mas no CNJ, onde Gilmar foi especialmente atuante -até como forma, inconsciente ou não, de compensar a polêmica de suas posições na operação Satiagraha (do empresário Daniel Dantas).
Gilmar foi para a linha de frente para melhorar a prática da Justiça e aliviar as prisões dos ilegalmente presos. O mais provável é que Peluso prefira ficar atrás das trincheiras. Ou melhor, no plenário, com seus livros e seu saber jurídico.
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Ciro Gomes perdeu o PSB, a candidatura à Presidência, a vaga na Câmara, o domicílio eleitoral no Ceará. Ficou falando sozinho.
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