DEU NA FOLHA DE S. PAULO
Breno Costa
Enviado especial a Natal
Breno Costa
Enviado especial a Natal
Em sua quarta viagem pelo Brasil como pré-candidato à Presidência, a terceira para o Nordeste, José Serra (PSDB) procurou evitou ataques diretos ao governo federal, mas, veladamente, voltou a atacar o governo Lula e, por tabela, a adversária Dilma Rousseff (PT).
Em entrevista a uma emissora de TV de Natal, pertencente ao senador José Agripino Maia (DEM-RN), Serra criticou indiretamente a criação, pelo governo federal, da Pré-Sal S.A., estatal que será responsável por gerir a exploração dos recursos do pré-sal.
"O Estado atuou muito, por exemplo, para fazer os genéricos. Eu não fiz nenhuma empresa estatal para produzir os genéricos, mas nós fizemos acontecer", disse, ao defender um "estado musculoso, mas enxuto", que não pareça um "lutador de sumô".
Serra voltou a descartar privatizações -segundo ele, não há "mais espaço significativo"-, mas ratificou o discurso favorável à liberalização do comércio exterior brasileiro, ao voltar a criticar a forma atual do Mercosul.
Serra passou cerca de 12 horas em Natal, a contar de sua chegada à capital potiguar, em jatinho alugado pelo PSDB. Sua agenda na cidade, no entanto, dispensou corpo a corpo com populares e até mesmo conversa com aliados, como a candidata do DEM ao governo potiguar, e seu palanque no Estado, senadora Rosalba Ciarlini.
A prioridade, proposital segundo seus aliados na região, era usar a mídia regional para ampliar sua faixa de conhecimento. Os tucanos avaliaram como positiva a estratégia da semana passada, quando Serra foi a Salvador e a Maceió, além de ter concedido entrevista a rádios de cinco Estados. O Nordeste é a única região onde Serra perde para Dilma nas pesquisas de intenção de voto.
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