DEU EM O GLOBO
Oposição já prepara novas ações no TSE contra partido e candidata
Vivian Oswald e Chico de Gois
BRASÍLIA. A determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por meio de liminar na sexta-feira à noite, de que o PT não poderia repetir na TV inserções publicitárias de promoção da pré-candidata Dilma Rousseff e de comparação do governo Lula com o anterior, não impediu o partido de repetir a dose na sábado. A oposição já prepara novas ações contra o PT e Dilma, pedindo que a candidata seja multada. Amanhã, o PT volta a veicular dois comerciais de 30 segundos cada, e o programa nacional de 30 minutos está previsto para ir ao ar dia 13, quinta-feira.
Amanhã à noite, o TSE julga se esse programa de quinta-feira será mantido.
Como as inserções consideradas ilegais já foram ao ar, e tendo em vista a reincidência do partido, a oposição aposta numa decisão do TSE favorável a uma ação impetrada pelo DEM e pelo PSDB. A ação é contra o programa do PT levado ao ar em dezembro, considerado ilegal pela oposição. Se o TSE concordar com a alegada ilegalidade, poderá suspender a veiculação do programa de terça-feira.
— Desrespeitaram a decisão do ministro (do TSE) Aldir Passarinho Júnior, e a peça de sábado deve ser impugnada. As inserções do PT são aperitivo do que vem por aí. Com certeza, vão infringir a lei no programa do dia 13 — reclamou Afonso Ribeiro, advogado do PSDB.
A liminar concedida por Passarinho levou em consideração duas inserções do PT na quintafeira.
Numa delas, Dilma aparece dizendo que é fundamental continuar o caminho traçado pelo governo Lula. Em outra, um locutor cita números sobre distribuição de renda e acesso dos pobres à classe média, enquanto uma montanha russa é exibida.
Quando o carrinho começa a despencar, ele indaga sobre quem teria mais condições de continuar a política de Lula: alguém que fez parte do governo ou quem fez oposição.
No sábado, em peças publicitárias semelhantes, mas falando sobre a queda do desemprego, o locutor faz a mesma pergunta.
Para o ministro Passarinho, há, nas mensagens, uma ideia de continuismo, o que configura propaganda antecipada em favor de Dilma Rousseff.
O presidente do PT, José Eduardo Dutra, contestou a oposição, lembrando que o programa do PSDB do final do ano passado foi dividido para que o então governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência, José Serra, e o ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves mostrassem suas administrações: — Não vejo como fazer um programa político sem mostrar o que se está fazendo no governo.
Todos os partidos fazem isso.
A continuar deste jeito, é melhor não ter programa partidário em ano de reeleição. Duvido que os programas do PSDB e do DEM não vão explorar o que o Serra fez em São Paulo.
Especialistas afirmam que o PT estaria trilhando um caminho equivocado de enfrentamento que pode lhe criar problemas mais à frente.
Oposição já prepara novas ações no TSE contra partido e candidata
Vivian Oswald e Chico de Gois
BRASÍLIA. A determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por meio de liminar na sexta-feira à noite, de que o PT não poderia repetir na TV inserções publicitárias de promoção da pré-candidata Dilma Rousseff e de comparação do governo Lula com o anterior, não impediu o partido de repetir a dose na sábado. A oposição já prepara novas ações contra o PT e Dilma, pedindo que a candidata seja multada. Amanhã, o PT volta a veicular dois comerciais de 30 segundos cada, e o programa nacional de 30 minutos está previsto para ir ao ar dia 13, quinta-feira.
Amanhã à noite, o TSE julga se esse programa de quinta-feira será mantido.
Como as inserções consideradas ilegais já foram ao ar, e tendo em vista a reincidência do partido, a oposição aposta numa decisão do TSE favorável a uma ação impetrada pelo DEM e pelo PSDB. A ação é contra o programa do PT levado ao ar em dezembro, considerado ilegal pela oposição. Se o TSE concordar com a alegada ilegalidade, poderá suspender a veiculação do programa de terça-feira.
— Desrespeitaram a decisão do ministro (do TSE) Aldir Passarinho Júnior, e a peça de sábado deve ser impugnada. As inserções do PT são aperitivo do que vem por aí. Com certeza, vão infringir a lei no programa do dia 13 — reclamou Afonso Ribeiro, advogado do PSDB.
A liminar concedida por Passarinho levou em consideração duas inserções do PT na quintafeira.
Numa delas, Dilma aparece dizendo que é fundamental continuar o caminho traçado pelo governo Lula. Em outra, um locutor cita números sobre distribuição de renda e acesso dos pobres à classe média, enquanto uma montanha russa é exibida.
Quando o carrinho começa a despencar, ele indaga sobre quem teria mais condições de continuar a política de Lula: alguém que fez parte do governo ou quem fez oposição.
No sábado, em peças publicitárias semelhantes, mas falando sobre a queda do desemprego, o locutor faz a mesma pergunta.
Para o ministro Passarinho, há, nas mensagens, uma ideia de continuismo, o que configura propaganda antecipada em favor de Dilma Rousseff.
O presidente do PT, José Eduardo Dutra, contestou a oposição, lembrando que o programa do PSDB do final do ano passado foi dividido para que o então governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência, José Serra, e o ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves mostrassem suas administrações: — Não vejo como fazer um programa político sem mostrar o que se está fazendo no governo.
Todos os partidos fazem isso.
A continuar deste jeito, é melhor não ter programa partidário em ano de reeleição. Duvido que os programas do PSDB e do DEM não vão explorar o que o Serra fez em São Paulo.
Especialistas afirmam que o PT estaria trilhando um caminho equivocado de enfrentamento que pode lhe criar problemas mais à frente.
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