DEU EM O GLOBO
"Nossa base é pluripartidária, temos PT, PV e PSDB. Posso causar insatisfação. Não há consenso nem maioria"
Leila Suwwan
SÃO PAULO. A União Geral dos Trabalhadores (UGT) decidiu abandonar a Conferência Nacional dos Trabalhadores, em 1o -de junho, por considerar que o evento será uma demonstração de apoio a Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência.
Os dirigentes da UGT avaliaram que a petista poderá comparecer ao estádio do Pacaembu, em São Paulo, apesar de não estar convidada, e romperam a aliança informal e inédita das seis centrais sindicais de apoio à petista.
O Lula é uma coisa. Do ponto de vista sindical, é o melhor presidente que já tivemos.
Mas, agora, estamos em outro processo, e isso merece toda cautela disse Ricardo Patah, presidente da UGT, que se declara admirador de Dilma.
Nossa base é pluripartidária, temos PT, PV e PSDB.
Não posso fazer uma atividade definida (de apoio a Dilma), porque posso causar insatisfação.
Não há consenso nem maioria.
Perguntado sobre se tem certeza de que a conferência será um ato de apoio a Dilma, Patah respondeu: Não há dúvida. É lógico! Desde janeiro, quando as seis centrais CUT, Força Sindical, CTB, CGTB, UGT e Nova Força começaram a planejar a conferência, a meta era produzir um documento único e declarar apoio ao pré-candidato mais adequado. À época, o presidente da CUT, Arthur Henrique, afirmou que as centrais são autônomas, mas têm lado na política: A direita nunca abriu espaços para os trabalhadores.
Pelo contrário, sabemos o que ela representa: privatização, desmonte do Estado, arrocho salarial, precarização e desemprego.
Das seis centrais sindicais, apenas a UGT e a Força Sindical não declararam apoio aberto a Dilma. Ligada ao PDT, partido que ocupa hoje o Ministério do Trabalho, a Força tem uma dissidência interna.
A tendência, segundo dirigentes, é permitir que os filiados sigam suas tendências políticas, mas Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, deve manter o discurso de apoio a Dilma e de rejeição ao tucano José Serra, que já chamou de político que não gosta de trabalhador.
O debate organizado pelas seis centrais sindicais em São Bernardo do Campo (SP), em 10 de abril, tornou-se uma espécie de comício pró-Dilma.
Os eventos sindicais de São Paulo no 1ode maio, também.
Para o evento de 1ode junho, Dilma não está mais convidada, e a expectativa oficial é de que o presidente Lula também não compareça.
No evento no estádio do Pacaembu, haverá a votação simbólica do documento com mais de 270 diretrizes eleitorais, que contém propostas como o direito irrestrito de greve, a descriminalização do aborto e a participação formal de sindicatos em empresas estatais, agências reguladoras e instâncias como o Comitê de Política Monetária (Copom).
"Nossa base é pluripartidária, temos PT, PV e PSDB. Posso causar insatisfação. Não há consenso nem maioria"
Leila Suwwan
SÃO PAULO. A União Geral dos Trabalhadores (UGT) decidiu abandonar a Conferência Nacional dos Trabalhadores, em 1o -de junho, por considerar que o evento será uma demonstração de apoio a Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência.
Os dirigentes da UGT avaliaram que a petista poderá comparecer ao estádio do Pacaembu, em São Paulo, apesar de não estar convidada, e romperam a aliança informal e inédita das seis centrais sindicais de apoio à petista.
O Lula é uma coisa. Do ponto de vista sindical, é o melhor presidente que já tivemos.
Mas, agora, estamos em outro processo, e isso merece toda cautela disse Ricardo Patah, presidente da UGT, que se declara admirador de Dilma.
Nossa base é pluripartidária, temos PT, PV e PSDB.
Não posso fazer uma atividade definida (de apoio a Dilma), porque posso causar insatisfação.
Não há consenso nem maioria.
Perguntado sobre se tem certeza de que a conferência será um ato de apoio a Dilma, Patah respondeu: Não há dúvida. É lógico! Desde janeiro, quando as seis centrais CUT, Força Sindical, CTB, CGTB, UGT e Nova Força começaram a planejar a conferência, a meta era produzir um documento único e declarar apoio ao pré-candidato mais adequado. À época, o presidente da CUT, Arthur Henrique, afirmou que as centrais são autônomas, mas têm lado na política: A direita nunca abriu espaços para os trabalhadores.
Pelo contrário, sabemos o que ela representa: privatização, desmonte do Estado, arrocho salarial, precarização e desemprego.
Das seis centrais sindicais, apenas a UGT e a Força Sindical não declararam apoio aberto a Dilma. Ligada ao PDT, partido que ocupa hoje o Ministério do Trabalho, a Força tem uma dissidência interna.
A tendência, segundo dirigentes, é permitir que os filiados sigam suas tendências políticas, mas Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, deve manter o discurso de apoio a Dilma e de rejeição ao tucano José Serra, que já chamou de político que não gosta de trabalhador.
O debate organizado pelas seis centrais sindicais em São Bernardo do Campo (SP), em 10 de abril, tornou-se uma espécie de comício pró-Dilma.
Os eventos sindicais de São Paulo no 1ode maio, também.
Para o evento de 1ode junho, Dilma não está mais convidada, e a expectativa oficial é de que o presidente Lula também não compareça.
No evento no estádio do Pacaembu, haverá a votação simbólica do documento com mais de 270 diretrizes eleitorais, que contém propostas como o direito irrestrito de greve, a descriminalização do aborto e a participação formal de sindicatos em empresas estatais, agências reguladoras e instâncias como o Comitê de Política Monetária (Copom).
Nenhum comentário:
Postar um comentário