DEU NA FOLHA DE S. PAULO
"Não se preocupem", diz tucano a jornalistas após reiterar que "algumas dificuldades" são normais em política
O presidente do PSDB, Sérgio Guerra, fez apelo ao DEM em defesa da aliança: "A campanha precisa de PSDB e DEM"
BERNARDO MELLO FRANCO
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS (SP)
CATIA SEABRA
DE SÃO PAULO
O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, afirmou ontem que a polêmica sobre a escolha de seu vice é "normal" e será solucionada nos próximos dias.
No entanto, ele se recusou a comentar a reação do DEM à indicação do senador Alvaro Dias (PSDB-PR), numa chapa tucana puro-sangue.
"Nós vamos ter um bom entendimento a respeito disso. É normal em política que, em certas situações, apareçam algumas dificuldades", disse, em visita a Santos.
"Não vai ter problema, não. A gente vai ter uma boa solução", afirmou ele.
Em tom de ironia, pediu aos repórteres que não se preocupassem com o futuro da aliança, rachada com as críticas à indicação de Dias.
"Não se preocupem", repetiu, avisando que só responderia sobre futebol.
Apesar das declarações de Serra, o racha preocupa o partido. O comando do PSDB fez ontem um apelo ao DEM, pois avalia que o impasse pela escolha do vice pode pôr em risco a candidatura."A perpetuação [desse embate] é um risco muito forte ao equilíbrio das forças que representamos. A campanha precisa do PSDB e do DEM", afirmou o presidente do PSDB, Sérgio Guerra.Ele lembrou que os tucanos já apoiam os quatro candidatos do DEM ao governo (BA, SC, SE e RN).
"O que há de errado em o PSDB sugerir um nome e consultar os demais partidos [aliados]?", questionou.
Segundo Guerra, o partido considera "natural" o DEM ter um ponto de vista diferente, mas diz que, "acima de tudo, a preocupação tem que ser com a vitória". "Serra vai escolher o vice. É evidente que ele considera o nome do Alvaro Dias muito bom."
Após uma conversa com Serra, Roberto Freire, presidente do PPS, criticou o Democratas: "O DEM pode até não concordar com o vice, mas não faz parte da boa política impor veto ao nome".
Ontem à noite, líderes do DEM se reuniram em São Paulo, e a intenção era chamar os tucanos para negociar uma saída. Serra, no entanto, resistia a participar enquanto não houvesse solução. Seu medo, dizem tucanos, é colar o rosto ainda mais à crise.
SELEÇÃO
Serra falou no intervalo do jogo do Brasil, que acompanhou na Vila Belmiro, estádio do Santos. Torceu com o candidato ao governo paulista, Geraldo Alckmin, e os indicados ao Senado, Orestes Quércia (PMDB) e Aloysio Nunes Ferreira (PSDB). Cerca de 300 pessoas foram convidadas pelo clube, que ofereceu lanche e refrigerante.
"Não se preocupem", diz tucano a jornalistas após reiterar que "algumas dificuldades" são normais em política
O presidente do PSDB, Sérgio Guerra, fez apelo ao DEM em defesa da aliança: "A campanha precisa de PSDB e DEM"
BERNARDO MELLO FRANCO
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS (SP)
CATIA SEABRA
DE SÃO PAULO
O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, afirmou ontem que a polêmica sobre a escolha de seu vice é "normal" e será solucionada nos próximos dias.
No entanto, ele se recusou a comentar a reação do DEM à indicação do senador Alvaro Dias (PSDB-PR), numa chapa tucana puro-sangue.
"Nós vamos ter um bom entendimento a respeito disso. É normal em política que, em certas situações, apareçam algumas dificuldades", disse, em visita a Santos.
"Não vai ter problema, não. A gente vai ter uma boa solução", afirmou ele.
Em tom de ironia, pediu aos repórteres que não se preocupassem com o futuro da aliança, rachada com as críticas à indicação de Dias.
"Não se preocupem", repetiu, avisando que só responderia sobre futebol.
Apesar das declarações de Serra, o racha preocupa o partido. O comando do PSDB fez ontem um apelo ao DEM, pois avalia que o impasse pela escolha do vice pode pôr em risco a candidatura."A perpetuação [desse embate] é um risco muito forte ao equilíbrio das forças que representamos. A campanha precisa do PSDB e do DEM", afirmou o presidente do PSDB, Sérgio Guerra.Ele lembrou que os tucanos já apoiam os quatro candidatos do DEM ao governo (BA, SC, SE e RN).
"O que há de errado em o PSDB sugerir um nome e consultar os demais partidos [aliados]?", questionou.
Segundo Guerra, o partido considera "natural" o DEM ter um ponto de vista diferente, mas diz que, "acima de tudo, a preocupação tem que ser com a vitória". "Serra vai escolher o vice. É evidente que ele considera o nome do Alvaro Dias muito bom."
Após uma conversa com Serra, Roberto Freire, presidente do PPS, criticou o Democratas: "O DEM pode até não concordar com o vice, mas não faz parte da boa política impor veto ao nome".
Ontem à noite, líderes do DEM se reuniram em São Paulo, e a intenção era chamar os tucanos para negociar uma saída. Serra, no entanto, resistia a participar enquanto não houvesse solução. Seu medo, dizem tucanos, é colar o rosto ainda mais à crise.
SELEÇÃO
Serra falou no intervalo do jogo do Brasil, que acompanhou na Vila Belmiro, estádio do Santos. Torceu com o candidato ao governo paulista, Geraldo Alckmin, e os indicados ao Senado, Orestes Quércia (PMDB) e Aloysio Nunes Ferreira (PSDB). Cerca de 300 pessoas foram convidadas pelo clube, que ofereceu lanche e refrigerante.
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