DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Candidato da coligação PV-PSDB ao governo do Rio, deputado recorreu ao presidenciável tucano para produzir programas de campanha
Wilson Tosta / RIO
A quatorze dias do início da propaganda política gratuita na TV e no rádio, o candidato da coligação PV-PSDB ao governo do Rio, deputado Fernando Gabeira, resolveu pedir socorro ao presidenciável tucano José Serra para obter recursos para produzir os programas da sua campanha.
Gabeira foi ontem a São Paulo para se reunir com o presidenciável do PSDB - oficialmente, para conhecer um Ambulatório Médico de Especialidades, bandeira de Serra no governo estadual, mas também discutiu o problema que opõe verdes e tucanos fluminenses. O candidato a vice, Márcio Fortes (PSDB), também foi ao encontro de Serra.
O pedido de ajuda de Gabeira se deu no quadro de divergências que envolve a campanha do PV desde o início. O deputado, que hesitou em assumir a candidatura e depois se envolveu em uma polêmica em torno da coligação com o DEM, enfrenta outros problemas. Depois que o ex-governador Anthony Garotinho (PR) anunciou que concorreria a uma vaga na Câmara dos Deputados, Gabeira ficou só na disputa com o governador Sérgio Cabral Filho (PMDB), que tenta a reeleição com apoio do presidente Lula, a máquina estadual, uma coligação extensa e aliado a 91 dos 92 prefeitos fluminenses.
"Houve uma promessa de ajuda que ainda não foi cumprida e possivelmente pode não ser. Entendo", disse o deputado. "Não há nenhum problema, se houvesse entenderia. Promessas são feitas em circunstâncias que as pessoas não dominam e que depois não permitem que sejam cumpridas." Gabeira negou que declarações sobre falta de apoio de aliados - ameaçou não lhes dar cargos em um eventual governo, mas "uma banana" - tivessem relação com falta de dinheiro.
"Tenho noção de elegância, não discuto essas coisas em público", disse. "O que disse foi que não me renderia incondicionalmente, não lotearia os cargos." Um dos trunfos de Gabeira é o fato de sua candidatura a governador ter viabilizado - ainda que com problemas - um palanque regional para os tucanos, que, no Rio de Janeiro, não tinham nenhum quadro de peso que pudesse ajudar a candidatura de Serra. A aliança, com PSDB, DEM e PPS, foi estimulada pelo próprio presidenciável tucano, que, ao financiar o programa, também poderá ganhar alguma influência em sua confecção. Há alguns dias, Gabeira se irritou quando o Estado lhe perguntou sobre a possibilidade de imagens de Serra serem inseridas em sua propaganda. "No meu programa mando eu", disse ele.
Atrito. Em São Paulo, Gabeira não acompanhou Serra na caminhada nem na visita a uma escola técnica da região. O candidato do PV disse ter vindo a São Paulo a convite de Serra para conhecer um Ambulatório Médico de Especialidades. Ele negou, em entrevista coletiva, qualquer atrito com o PSDB por conta da informação de que os tucanos haviam prometido recursos para a campanha do PV no Rio.
"Acho que os pobres têm de ser muito elegantes com a questão do dinheiro. Se houve alguma promessa e se as circunstâncias, que na política são muito dinâmicas, não permitem que a promessa seja cumprida, eu não vou reclamar nem tornar isso um problema. A gente sabe fazer campanha sem dinheiro", disse Gabeira. "Não houve nenhuma ajuda (por parte do PSDB) e nós não estamos cobrando isso."
Serra fez visita na tarde ao pátio de uma escola técnica de Heliópolis, acompanhado pelo candidato do PSDB ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin.
Candidato da coligação PV-PSDB ao governo do Rio, deputado recorreu ao presidenciável tucano para produzir programas de campanha
Wilson Tosta / RIO
A quatorze dias do início da propaganda política gratuita na TV e no rádio, o candidato da coligação PV-PSDB ao governo do Rio, deputado Fernando Gabeira, resolveu pedir socorro ao presidenciável tucano José Serra para obter recursos para produzir os programas da sua campanha.
Gabeira foi ontem a São Paulo para se reunir com o presidenciável do PSDB - oficialmente, para conhecer um Ambulatório Médico de Especialidades, bandeira de Serra no governo estadual, mas também discutiu o problema que opõe verdes e tucanos fluminenses. O candidato a vice, Márcio Fortes (PSDB), também foi ao encontro de Serra.
O pedido de ajuda de Gabeira se deu no quadro de divergências que envolve a campanha do PV desde o início. O deputado, que hesitou em assumir a candidatura e depois se envolveu em uma polêmica em torno da coligação com o DEM, enfrenta outros problemas. Depois que o ex-governador Anthony Garotinho (PR) anunciou que concorreria a uma vaga na Câmara dos Deputados, Gabeira ficou só na disputa com o governador Sérgio Cabral Filho (PMDB), que tenta a reeleição com apoio do presidente Lula, a máquina estadual, uma coligação extensa e aliado a 91 dos 92 prefeitos fluminenses.
"Houve uma promessa de ajuda que ainda não foi cumprida e possivelmente pode não ser. Entendo", disse o deputado. "Não há nenhum problema, se houvesse entenderia. Promessas são feitas em circunstâncias que as pessoas não dominam e que depois não permitem que sejam cumpridas." Gabeira negou que declarações sobre falta de apoio de aliados - ameaçou não lhes dar cargos em um eventual governo, mas "uma banana" - tivessem relação com falta de dinheiro.
"Tenho noção de elegância, não discuto essas coisas em público", disse. "O que disse foi que não me renderia incondicionalmente, não lotearia os cargos." Um dos trunfos de Gabeira é o fato de sua candidatura a governador ter viabilizado - ainda que com problemas - um palanque regional para os tucanos, que, no Rio de Janeiro, não tinham nenhum quadro de peso que pudesse ajudar a candidatura de Serra. A aliança, com PSDB, DEM e PPS, foi estimulada pelo próprio presidenciável tucano, que, ao financiar o programa, também poderá ganhar alguma influência em sua confecção. Há alguns dias, Gabeira se irritou quando o Estado lhe perguntou sobre a possibilidade de imagens de Serra serem inseridas em sua propaganda. "No meu programa mando eu", disse ele.
Atrito. Em São Paulo, Gabeira não acompanhou Serra na caminhada nem na visita a uma escola técnica da região. O candidato do PV disse ter vindo a São Paulo a convite de Serra para conhecer um Ambulatório Médico de Especialidades. Ele negou, em entrevista coletiva, qualquer atrito com o PSDB por conta da informação de que os tucanos haviam prometido recursos para a campanha do PV no Rio.
"Acho que os pobres têm de ser muito elegantes com a questão do dinheiro. Se houve alguma promessa e se as circunstâncias, que na política são muito dinâmicas, não permitem que a promessa seja cumprida, eu não vou reclamar nem tornar isso um problema. A gente sabe fazer campanha sem dinheiro", disse Gabeira. "Não houve nenhuma ajuda (por parte do PSDB) e nós não estamos cobrando isso."
Serra fez visita na tarde ao pátio de uma escola técnica de Heliópolis, acompanhado pelo candidato do PSDB ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin.
AGENDA
Dilma Rousseff
A petista passa o dia em Brasília. Pela manhã, visita a Rede Sarah Hospital de Reabilitação
José Serra
O tucano cumpre agenda em Poços de Caldas (MG). Às 13 horas, visita a APAE, e às 15 horas, tem encontro com entidades de pessoas com deficiência
Marina Silva
Passa o dia em São Paulo. Às 11h30 visita a sede do Projeto Incentivo à Vida
Potencial
O Rio é o terceiro maior colégio eleitoral do País, com 11,5 milhões de eleitores, o que representa 8,5% do eleitorado
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Potencial
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